quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
domingo, 7 de dezembro de 2008
F5
domingo, 30 de novembro de 2008
Dose Homeopática
Vamos devagar.
Um texto de Cecília Meireles.
Lua Adversa
Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
É isso.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Não, obrigada.
Do outro lado da linha uma voz mais do que familiar.
- Fafadinha, tem uma figura massa pra colocar na sua fita. Já tá na sua é pra casar e quer casar.
Silêncio do outro lado da linha
É isso.
domingo, 12 de outubro de 2008
sábado, 11 de outubro de 2008
Pandora's Box
rachou o crânio.
Da fenda entreaberta
um feixe de luz.
Era a Caixa de Pandora que se abria.
É isso.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
domingo, 28 de setembro de 2008
Dissimulada, eu?
É isso.
domingo, 21 de setembro de 2008
Meus amigos
Penso ainda que se não foram escritos por mim, de certo, seria um imenso prazer conhecer e conversar com seus autores. Entender suas vidas, ouvir suas histórias e contar as minhas.
O texto abaixo é um desses. É de Marcos Lara Resende. Lá vai...
"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Pena, não tenho nem de mim mesmo, e risada, só ofereço ao acaso.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto;
e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou,
pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos,
nunca me esquecerei de que "normalidade"
É UMA ILUSÃO IMBECIL E ESTÉRIL."
É isso.
sábado, 20 de setembro de 2008
Cansaço...
"A palavra fadiga é usada cotidianamente para descrever uma série de males, que vão desde um estado genérico de letargia até uma sensação específica de calor nos músculos provocada pelo trabalho intenso.
Fisiologicamente, "fadiga" descreve a incapacidade de continuar funcionando ao nível normal da capacidade pessoal devido a uma percepção ampliada do esforço. Fadiga é onipresente na vida cotidiana."
É isso.
domingo, 14 de setembro de 2008
Domingo...
Hoje vim postar e só vinha na cabeça o meu domingo, e a palavra se repetia em minha cabeça, sem que nada me viesse a mente. Apenas martelando sem parar... domingo... domingo... domingo...
Domingo
Só Pra Contrariar
"Domingo quero te encontrar
E desabafar todo o meu sofrer
Estar ao teu lado, Esquecer de tudo
Tudo que o amor até hoje nos fez sofrer
Esquecer a briga que deixou ferida
E que até hoje não cicatrizou
Te amar de novo faz parte da vida
Abre o coração, tudo tem sentido e tem razão
Cola o teu rosto no meu
Chega mais perto de mim
Faça de conta que eu sou teu namorado
Amar você é bom demais
É tudo que eu posso querer
Se tudo você tem melhor
Pior é te perder, amor."
É isso.
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Procura-se
- Quero ter prazer no meu trabalho;
- Trabalhar muito;
- Que meu trabalho seja reconhecido e valorizado;
- Quero que a valorização seja revertida em cifras;
- Se a valorização for revertida em cifras, que seja cada vez mais valorizado rs.
- Não quero me sentir limitada.
- Quero me formar;
- E quero me formar logo;
- Quero fazer um bom curso;
- E que a minha formção seja garantia de um bom emprego;
- Quero passar em um concurso.
- Que eu seja a melhor em tudo que eu faça;
- Que aquilo que eu faça possa ajudar outros;
- E que as pessoas sejam gratas pela minha ajuda;
- E que eu tenha maturidade pra entender que nem todos serão.
- Não quero mudar o mundo (não sozinha);
- Mas quero contribuir pra sua mudança.
- Quero todos os meus amigos ao meu redor;
- Quero que eles se metam em minha vida;
- E que me deêm bronca quando eu fizer algo errado;
- E quero brigar com eles quando eles também o fizerem;
- Quero que meu celular não pare de tocar nunca;
- Quero fazer bico;
- Quero ser chamada de enrolada;
- Quero me atrasar;
- Quero tentar ser pontual;
- Quero não conseguir.
- Quero comprar um carro;
- Quero ir pra onde eu quiser com ele;
- Que eu tenha dinheiro pra o seguro;
- E pra gasolina;
- Que eu nunca bata, arranhe ou amasse;
- E se bater, arranhar ou amassar que a culpa não seja minha.
- Quero dar carona;
- Quero negar carona também.
- Quero dirigir cantando
- E quero desligar o som quando me irritar.
- Quero morar sozinha;
- Ter dinheiro pra pagar minha despesas;
- Quero independência;
- Muito mais do que liberdade.
- Quero escolher a mobília do meu apartamento;
- Quero encher a geladeira de besteira;
- Quero não poder reclamar dos pratos sujos na pia;
- Quero ter que lavar banheiro;
- Quero não ter hora pra voltar;
- Mas quero voltar,
- E voltar inteira.
- Quero gritar de felicidade por não ter ninguém me esperando num dia.
- E no outro, quero chorar pelo mesmo motivo.
Mas minha vida é amar também (e ser amada).
- Quero não ter medo de me apaixonar
- E quero me apaixonar
- E que alguém se apaixone por mim
- Quero viver essa paixão
- Quero ser a primeira pessoa que alguém pensa quando acorda.
- Ao menos duas vezes por semana.
- Quero ter pra quem ligar quando eu estiver triste
- E quero ser pra quem alguém liga quando também estiver assim
- Quero ligar quando sentir saudade
- Quero sentir frio na barriga só em olhar nos olhos
- Quero provocar frio na barriga também
- Quero chorar na tristeza
- E ri na alegria
- Quero andar de mãos dadas
- Quero fazer cafuné
- Quero receber cafuné
- Quero me sentir "propriedade" de alguém
- Quero que alguém seja meu
- Quero dar satisfação
- Quero que me mandem mudar de roupa
- Quero dizer que não vou mudar
- Quero que me perguntem com quem eu estava falando
- Quero discutir por causa disso
- E quero fazer as pazes depois.
- Quero bater telefone na cara de raiva
- E quero ligar depois pedindo desculpas
- Quero tentar resolver problemas juntos
- Quero opinar nas decisões
- Sem decidir por ninguém
- Quero dar apoio, mesmo sem concordar
- E torcer pra dar certo, mesmo tendo avisado que não ia dar
- Quero rir do que tem graça
- Quero achar graça quando ninguém mais achar.
- Quero estar ao lado por obrigação
- Quero estar ao lado por prazer
- Quero estar ao lado só por estar.
- Quero beijo de 10 minutos
- Quero fazer amor como se nada mais no mundo importasse
- Quero que o amor se faça sozinho
- Quero construir o relacionamento um dia após o outro
- Quero que os dias passem
- Que os anos também
- E que a gente nem perceba que o tempo passou
- Que depois de muito tempo
- O beijo tenha o mesmo sabor
- E ao mesmo tempo um sabor novo
- Que o desejo ainda queime o corpo como brasa
- Como se fosse a primeira vez
- E que ao olhar pra traz
- Eu pense em fazer tudo de novo.
É isso.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
E a gente foi...
Pouco mais de 12 fotos, minha amiga Margarth (Menezes), meu amigo Saulo(Fernandes), Veveta(é muita intimidade) e outros amigos queridos... rs
Eu, Magalizinha entre os VIP's. Sendo VIP.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Pula...
domingo, 24 de agosto de 2008
domingo, 17 de agosto de 2008
Devaneio meu
Então...
Ontem eu conversava com um amigo (mais que amigo), via msn, e no meio da nossa conversa ele disse "Amiga, o que você tem? Está tão baixo astral!", eu respondi um seco "nada não" e foi naquele exato momento que eu percebi que não sou tão boa atriz quanto eu penso ser.
Algumas fatos acontecem em nossa vida pra nos fazer repensar determinadas coisas e perceber que nós não somos imbatíveis, que nós não somos inquebráveis. Nos ensinam a viver, ensinam a ser menos.
Devemos nos doar menos, nos entregar menos, mergulhar menos, acreditar menos e viver menos. Sempre menos. E essa "matemática do menos" deve ser levada ainda mais a sério, quando a única coisa que se tem de "mais" em nossas mãos é uma carência sem fim.
Sai ontem a noite como quem quer engolir o mundo em um único gole, em "um gole só" - na verdade tenho feito isso nos últimos dias - e depois de cada gole percebo que minha boca ainda está com um gosto amargo demais pra saborear o mundo.
Ontem, em especial, percebi que existe muito mais no mundo do que apenas eu e o meu infinito particular ferido. Por essa razão (e muitas outras) eu não tenho o direito de, na tentativa de engolir o mundo, levar pra quem no mundo está, o mesmo sofrimento e a mesma dor que em mim não cabe mais.
Foi aí que, hoje, em minha cama, lembrando da noite de ontem - e dos acontecimentos das últimas semanas - abri meus olhos (no sentido literal e figurado). Sentei na cama, peguei o celular no intuito de realizar duas ligações telefônicas. A primeira foi feita.
Pra realização da segunda faltou coragem, faltou a mesma coragem que determinou qual seria a ordem das duas chamadas. Diante da minha dupla covardia e da inexistência de um terceiro, quarto ou quinto número que me fizessem postergar (ainda mais) a minha ligação levantei da cama e vim ao computador. Aqui sim eu sou valente.
Mas a verdade é que tem sido necessário ser duas pessoas. Uma que anda "tão à flor da pele, que qualquer beijo de novela me faz chorar" de Zeca Baleiro e outra que diz "já não sinto amor, nem dor. Já não sinto nada" Arnaldo Antunes. E no meio dessa loucura de personalidades não consigo reconhecer a Magalí que eu realmente sou em nenhuma dessas personagens que se apresentam.
É a primeira Magalí que alimenta a segunda. É a primeira - depois de ter o ego agredido, depois de se sentir diminuida, magoada, sofrida, ferida - que chama a segunda Magalí e sai de cena.
Quem dera se a segunda estivesse sempre ao meu lado. Quem dera se depois de se encher de raiva, depois de dizer, gritar, ofender, machucar, magoar, de "se vingar a qualquer preço, te adorando pelo avesso" (como diria Chico Buarque) ela não saisse de fininho, me deixando sozinha, num canto com a Magalí "à flor da pele".
Ontem a tarde, em um dos meus muitos momentos Arnaldo Antunes, meu irmão - cujo ombro tem servido de amparo para cada gota de lágrimas derramadas nesses dias e que tem sido "a escada na minha subida" - acabou sendo (de certa forma) a escada na minha descida e trouxe à tona a Magalí Zeca Baleiro. Ele me mostrou uma música de Jorge Vercilo que me fez compreender absolutamente tudo. Tudo que se passa e se passou comigo.
O nome da música é Devaneio e me fez chorar feito criança, feito "menina pequena". Chorar não por ninguém, nem mesmo por mim. Um choro diferente de todos os outros. A letra, o arranjo e a interpretação me fizeram entrar em um nível de entendimento que talvez eu demorasse anos pra alcançar.
Não há culpados, não há vítimas. Há apenas sentimentos não equivalentes. E onde não há equivalência o conflito existirá.
É um estranho jogo, onde seu companheiro de equipe é também adversário e jogar certo não significa necessariamente, saber jogar. Nesse jogo, perderá, não quem jogar pior, mas quem jogar sozinho.
Eu joguei sozinha e perdi de goleada.
Eu e essa minha mania de apostar todas as fichas em única rodada. Essa minha mania de fazer, planos, de imaginar coisas, de construir um futuro dentro de mim e esperar que ele aconteça fora. Ninguém é obrigado a realizar os sonhos que são meus. Ninguém.
Eu e essa minha mania de pular de cabeça em uma poça d'água. Eu e essa minha mania de largar o escudo e a armadura antes de ir pra guerra. Por que o amor é uma guerra e quem estiver mais protegido... (eu ia dizer vence, mas acho que quando o final existe não há vencedor. Apenas dois derrotados, um mais, outro menos ferido.)
Felizmente todos sobrevivem, mas não de todo. Nessa guerra algo em mim morreu. Morreu a irresponsabilidade, a inconsequência que é típica da paixão. Morreu o hábito de fechar os olhos e me lançar, esperando que o outro me segurasse, como naquela brincadeira de criança (afinal tenho apenas 23 anos e "faço valer a idade que eu tenho"). O amor não é um jogo pra crianças. É brincadeira de adulto, de "gente grande" e o que chamam de maturidade para se envolver pode (e deve) ser lido como "não se envolver".
Me vi passando essa "corrente do mal" ontem. Me vi brincando de ser adulta e não gostei do que vi. "Adultos" não podem brincar com "crianças", assim o jogo não é justo, a balança não está equilibrida. Adultos devem procurar adultos e crianças devem procurar crianças.
Descobrir isso a tempo, me fez sentir melhor (ou menos pior). Não tenho obrigação de corresponder o sentimento de ninguém, mas é dever meu respeitar e ao menos ser grata pelo sentimento que qualquer um "criança" ou "adulto" nutrem por mim. Se eu não estou na mesma sintonia, não brincar com os sentimentos do outro é atitude senão de amor, de gratidão e é o mínimo que eu posso oferecer e meu real e único dever. "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".
Aproveitando a proximidade do período eleitoral. Me faço algumas promessas.
Prometo ser a última vez que esse assunto é mencionado aqui (e em qualquer outro lugar). Prometo ser diferente. Prometo amadurecer. Prometo um "epitáfio" às avesssas. Prometo me permitir menos, me envolver menos, me lançar menos, me entregar menos até o dia em que encontrar alguém que aceite o meu amor imaturo, entregue, quase suicída e me mostre que ao seu lado eu posso ser mais.
Estou indo pra rua agora e não pretendo mais engolir o mundo em um gole só. Não tenho pressa. Tudo passa.
É isso.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Enfim...
Não Vale A Pena
Ficou difícil
Maria Rita
Tudo aquilo, nada disso
Sobrou meu velho vício de sonhar
Pular de precipício em precipício
Ossos do ofício
Pagar pra ver o invisível
E depois enxergar
Que é uma pena
Mas você não vale a pena
Não vale uma fisgada dessa dor
Não cabe como rima de um poema
De tão pequeno
Mas vai e vem e envenena
E me condena ao rancor
De repente, cai o nível
E eu me sinto uma imbecil
Repetindo, repetindo, repetindo
Como num disco riscado
O velho texto batido
Dos amantes mal-amados
Dos amores mal-vividos
E o terror de ser deixada
Cutucando, relembrando, reabrindo
A mesma velha ferida
E é pra não ter recaída
Que não me deixo esquecer
Que é uma pena
Mas você não vale a pena.
É isso.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Adoro ver-te
Menino do Rio
Caetano Veloso
Menino do Rio (um sotaque gostooooso)
Calor que provoca arrepio
Dragão tatuado no braço ("eu odeio tatuagem"..rsrs)
Calção corpo aberto no espaço
Coração, de eterno flerte
Adoro ver-te...
Menino vadio
Tensão flutuante do Rio
Eu canto prá Deus Proteger-te...
O Hawaí, seja aqui
Tudo o que sonhares
Todos os lugares
As ondas dos mares ("ê baiana esse lugar é lindo")
Pois quando eu te vejo
Eu desejo o teu desejo...
Menino do Rio
Calor que provoca arrepio
Toma esta canção
Como um beijo... ("uau")
Menino do Rio
Calor que provoca arrepio
Dragão tatuado no braço
Calção corpo aberto no espaço
Coração, de eterno flerte
Adoro ver-te...
Menino vadio
Tensão flutuante do Rio
Eu canto prá Deus Proteger-te...
O Hawaí, seja aqui
Tudo o que sonhares
Todos os lugares
As ondas dos mares
Pois quando eu te vejo
Eu desejo o teu desejo...
É isso.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Motivo Fútil ou Torpe
II - ter o agente cometido o crime;
a) por motivo fútil ou torpe;
É uma circunstância em que o agente comete o ato criminoso por motivo fútil, repugnante, idiota, torpe, sem a verdadeira necessidade de ter cometido.
quarta-feira, 9 de julho de 2008
ILEGAIS - Vanessa da Mata
Dessa nossa vida
E será uma maldade veloz
Malignas línguas
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam, ilegais
Eu só sei que eu quero você
Pertinho de mim
Eu, quero você dentro de mim
Eu, quero você em cima de mim
Eu quero você
Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa farra
E será uma maldade voraz
Pura hipocrisia
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais, demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam, olhos ilegais
Eu só sei que eu quero você
Pertinho de mim
Eu, quero você dentro de mim
Eu, quero você em cima de mim
Eu quero você
terça-feira, 1 de julho de 2008
Pra sempre
Ele chama o anjo no canto e fala baixinho "Você é humano e terá um anjo na terra pra cuidar de você". O pobre do anjo acredita nessa história e desce bem feliz e saltitante, cheio de asas, harpas e auréola creeeente que é humano e não um anjo.
Aí depois de anos e anos o anjo de vermelho encontra o humano que Deus disse que cuidaria dele. E fica tão feliz, tão contente, certo de que definitivamente estará protegido. Mas com o tempo (muito pouco tempo) o anjo simplesmente não consegue aceitar a idéia que ele vai ser protegido. Por que ele gosta mesmo é de "meter as caras", gosta de ir pra guerra, gosta de caçar briga pra defender os seus. É a essência dos anjos.
"Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás" Che Guevara
Aí pronto, o anjo bagunça o coreto todo e passa a cuidar daquele que ele pensava ser seu anjo. E faz tão bem ao humano, tão bem que esse não consegue mais viver sem esse ser tão especial do lado.
Pronto, o efeito é garantido, nó na garganta, olho cheio d'água, uma sensação gostosa no coração e um sorriso que não consegue ser desfeito.
"Se existe anjo mesmo ou não eu não sei.
Não sei e tenho raiva de quem sabe.
O meu existe.
Aliás, Deus é bom demais e me deu alguns espalhados pela
vida.
Mas ele sabia que tava faltando algum, um anjo especial, diferente,
cheio de "porques" e "por isso"...
Pra começar não mandou um anjo branco
de olho azul.
Preto de cabelo espichado.
E eu amei.
Amei porque você
foge de qualquer regra pra me ver sorrir, esquece
qualquer bico pra fazer
acontecer o que melhor for, seja de qualquer
maneira, segue ali, do ladinho,
ouvindo, brigando e amando.
Porque o amor é sem limite e sem razão.
Você
é meu anjo e minha amiga, só não é minha irmã!
hahahahhahahahahahahah
Nem é data comemorativa, só pra dizer que eu sou jega, mas sou
sensível
e que você é especialmente especial pra mim.
Sorrisos."
É isso.
terça-feira, 24 de junho de 2008
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Viva São João!!
São João já tá chegando,
A sanfona tá tocando
A boca salivando
Cheiro de festa no ar.
É tempo de pular fogueira,
De dançar a noite inteira
De fazer muita besteira
Inté o sol raiar.
Painho-Mainha de viagem
Eu mesma comprei passagem
Pagava até hospedagem
Pra solta na "pirambeira" ficar.
Mas vou tá sem meu chamego
Sem meu dengo, sem meu nego
Vou ficar no desespero
Sozinha na capitá.
Mas náo há ser nada
A abandonada namorada
Não fica triste, nem amuada
Vai de um tudo aprontar.
Tem amigos de montão,
Que ela ama de coração
Fizeram até programação
O ano todo estendem a mão
No São João, não iam faltar.
Quando apertar a saudade
É só chamar a "cumadi e o cumpadi"
Amigos, Véa e Sacanagem
Para festa começar.
Vou ver o céu mudar de cor
Amendoim, milho e licor,
Nas ladeiras do pelô
Ei de fazer meu arraiá.
É isso
sábado, 14 de junho de 2008
Tô de dengo!
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Na veia da nêga.
"Olha a nêga que vem chegando
Nêga do sangue de fogo que não apaga
Nêga que chega, que chega, chega chegando, mulher
Se melhorar estraga
Não corre quando o bicho pega
A nêga não se entrega
O vinho da nêga é forte
É o forte da minha adega, melhor pedida
E quando a nêga chega eu sinto um frio na barriga
Faço o que ela obriga, digo o que ela quer que eu diga
Obrigado, nêga, você me castiga, mas me instiga
Me toma feito droga
Fico tonto feito tronco de jangada numa onda onda que joga
A nêga tira onda, dá nó em pingo de chuva
Vai só na boa, me ensaboa, me enxágua e enxuga
Não sei que sangue tem na veia da nêga
Mas essa nêga é morcega
E ainda bem que essa morcega me suga !"
sexta-feira, 30 de maio de 2008
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Parabéns pra ele gente!!!
terça-feira, 27 de maio de 2008
Aqui
Acordei com vontade de comer sushi. Acordei assim, simplesmente assim, mas cadê dinheiro?
É meu povo... final de mês tem dessas coisas. A vontade vem, mas tem que ir embora.
Final do mês só não. Tem tantas coisas na nossa vida, que "a vontade vem, mas tem que ir" tantas coisas... tantas coisas...
Minha vontade tem vindo, mas tem ido embora. Obedieeeente (até demais).
Estou com uma música martelando em minha cabeça esse dias. E acho que música é como sonho ruim. Tem que contar, se não acaba acontecendo...
"Aqui
Eu nunca disse que iria ser
A pessoa certa pra você
Mas sou eu quem te adora
Se fico um tempo sem te procurar
É pra saudade nos aproximar
E eu já não vejo a hora
Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Ei, você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar
Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está
Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim
Aqui
Agora que você parece não ligar
Que já não pensa e já não quer pensar
Dizendo que não sente nada
Estou lembrando menos de você
Falta pouco pra me convencer
Que sou a pessoa errada."
É isso.
domingo, 25 de maio de 2008
Gostoso como um abraço
Foi um feiradinho?
Não (um coro gritando)
Foi um feriado?
Nãããããão.
(em coro de novo)
Foi um Feriadão?Nããããããããão (o coro ainda mais empolgado)
O que foi então?
FERIADAÇO!!!
Exatamente, meus caros. Esse feriado prometia, prometia muito, desde a segunda já "avisava pra que vinha" e devo lhes confessar que ele "cumpriu". Cumpriu cada promessa feita (e as não feitas também). Que delícia! Que delícia! Que delícia! (três vezes pra dar ênfase).
Não preciso (nem queria) entrar em detalhes, maaaaaaaaaaas...
Todo evento que se preza tem que ter programação e quando o indivíduo não bebe mas "sai pra tomar cachaça" (sim, por que eu não bebo, mas a vida só tem graça quando a gente "sai pra tomar cachaça") a diversão é???? Comeeeeer! Sim claro! Comer, meus caros, e comer sempre muuuuito bem acompanhado, comer com quem nós amamos (e nos ama).
Como não são poucos os que eu amo (e me amam) está explicada a minha ruptura de relações com a tal "balança".
A programação portanto é mais do que um cronograma, é um verdadeiro cardápio. Vamos a ela.
Quarta-feira 21/05/08 (claro, por que feriadão que se preza começa na noite que antecede o feriado)
Cachorro quente num canto (com direito a reclamação pela calça nova)
Rolinho de queijo, pão a vapor, sushi de salmão grelhado e califórnia com cream cheese, no outro.
Tudo isso regado a Los Angeles, coca-cola e uma companhia que me faz perder o ar de tanto que amo.
Quinta-Feira 22/05/08 (Dias das pazes)
Ravioli de queijo, molho bolonhesa ("singer, eu que fiz") queijo ralado, orégano e batata palha (por que tudo tem que ter batata palha). Teve vinho e eu bebi, bebi até demais (quem foi mesmo que disse que não bebia? rs)
O tempero do almoço foi o amor que nos une e nos separa. O amor que a gente nega e renega, mas que sempre dá sinal de vida quando olhamos nos olhos, quando as bocas simplesmente não conseguem fazer outra coisa se não selar com um beijo apaixonado o momento. O beijo que nos faz lembrar de tudo que passamos e confirma que o que sentimos. Que nos faz entender de uma vez por todas (nunca de "uma vez por todas") que não adianta tentar viver distantes, simplesmente por que não conseguiremos.
Mas acho que estávamos falando do cardápio né? Continuando...
Sexta-feira 23/05/08 (Por que tava marcado fazia tempo... só para os vips)
O bom e velho churrasco de sempre.
O tempero do churrasco foram os conselhos (pra falar verdade broncas) que recebi de "seu" Santo Amaro nosso "churrasqueiro".
Quatro grades de cerveja para umas 15 pessoas (eu disse que era só pra vips). Dessas 15 não bebiam, nem eu nem... nem... nem...nem...é só eu mesma que não bebia. rsrsrs
Sábado 24/05/08 (Continuação das pazes e início de uma nova briga)
Lasanha (nada de singer, a Sadia que fez "para uma vida mais gostosa"), batata palha (eu disse que tudo tinha que ter batata palha) e arroz (não me perguntem que espécie de ser humano mistura arroz com lasanha...rsrsrs).
A sobremesa (antes do almoço rs) foi pinha, outras daquelas que dizem "eu te amo".
O tempero foram vários tapas recebidos a cada exclamação "inocente" que eu fazia sobre um certo artista que passava na tv....rsrs e óbvio, como sempre "entre tapas e beijos" mais uma discussão sem (ou com) motivo.
O cardápio do sábado continuou.
Sorvetinho Napolitano no outro canto da cidade.
Confeitado com muita saudade, abraço apertado, risada gostosa, fafadinho lindo e cunha de igual beleza.
E o sábado "continuou continuando"....
A noite teve risole de camarão em um canto, cerveja gelada (não pra mim) e coca-cola ainda mais gelada (pra mim) no outro.
A noite do sábado é sempre nossa, sempre muito nossa (como "a praça"). Direito a F5 dos acontecimentos da vida e óbvio, riso solto, amor, saudade e empreendimentos (sim eu disse empreendimentos).
A D4 Produções e eventos ltda. está de volta, com força total. Aguardem, em breve, uma grande novidade "Tudo pode acontecer após a meia noite..."
Domingo 25/05/08 (Até Deus descansou no último dia)
Café da manhã xôxo. Almoço xôxo. Nem sei se vai rolar jantar.
Mas o importante é que está difícil desfazer o sorriso nos lábios e vai ser impossível apagar da memória as lembranças gostosas desse meu "feriadaço". Por que o paladar registrou apenas uma insignificante partícula do que o coração sentiu.
Por que eu amo todos que estão ao meu lado e me fazem sentir amada e especial. Por que minha vida (nem eu) não seria a mesma sem cada um de vocês.
Por que Deus colocou anjos (nem tão anjos assim) em minha vida responsáveis por fazer dos meus dias a união de frações de segundos mais que especiais.
E que venha a segunda-feira. Segunda feira essa que seria chata, muito chata, se meu feriado não tivesse sido tão malwee assim ("gostoso como um abraço") e se amanhã não fosse o dia do festival de carne no GBarbosa...
kkkkkkkkkkkkkkkkkk
É isso.
sábado, 24 de maio de 2008
Confusion
Sim, por favor
Acabei de chegar.
Não vi ainda.
Digo sim.
Foi mal.
Mas eu não tive culpa.
Na verdade, não fui eu.
Não sei.
Não quero saber,
Mas não tenho raiva de quem sabe.
Quanto é?
Se eu levar dois, faz quanto?
Deixe, eu compro lá na frente.
Venha, por favor.
Traga Los Angeles.
A gente dá um jeito.
Não pude.
Eu só vi quando cheguei em casa.
Descarregou.
Juro.
Pela benção de minha mãe
A outra.
Quem?
Eu?
Se perguntarem por mim, diga que não estou.
Aliás, que eu tô no banho.
Diz que eu tô dormindo.
Melhor.
Diz que eu morri.
quinta-feira, 22 de maio de 2008
E todos viveram exatos para sempre.
E quando você ama alguém e por milhares de motivos (família, amigos, e a maldita razão) não é possível ser feliz ao lado dele(a)?
E quando depois de muito ponderar, você descobre que o melhor é deixá-lo(a) livre, por que decididamente não tem feito bem? E para protegê-lo(a) diz "não", mas a verdade é que tem certeza que não conseguirá encontrar a felicidade em outros braços.
E quando, mesmo estando convencido que a vida dele(a) deve continuar sem você, sofre só de imaginar que ele(a) consiga realmente recomeçar e uma nova pessoa possa surgir no seu caminho?
E quando você reza pra ele(a) ligar e dizer não querer (e não saber) viver sem você, diz não aceitar o seu "não". Mas quando o telefone toca, o coração aperta por que não é o nome dele(a) que aparece no visor?
E quando tudo que você queria era dizer "Eu te amo". Mas as palavras simplesmente não podem ser ditas, por que só farão sofrer ainda mais. E ironicamente é preciso que ele(a) duvide do seu amor, para de fato (tentar) reconstruir a própria vida?
E quando todos esses questionamentos são feitos em função de alguém que não é o seu namorado(a)? Quando todo esse sofrimento é resultado do sentimento que você sente em uma relação paralela à "oficial"?
E quando você sabe que o amor da relação oficial é lindo (como é todo o amor), mas existe algo, como um imã, que faz a relação paralela ser tão gostosa, tão boa de ser vivida, imensamente especial a ponto de colocar em dúvida se realmente existe amor na primeira relação?
E aí? O que se faz?
Antes que vocês me perguntem... Não, não sou eu quem tem passado por isso. Graças a Deus! Por que só Ele (Deus) sabe o quanto tem sofrido quem por isso passa.
E eu sofro junto, por que é alguém que eu amo demais e o segredo do amor é essa coexistência e com a coexistência o co-sofrimento.
Por que me parte coração ver quem eu amo com o olhar perdido pensando o que deve decidir afinal. Maldito decidir. Por que me parte o coração ver quem eu amo chorando, chorando de amor. Maldito amor.
Alguém sabe responder por que tudo não pode ser mais simples? Por que no amor as coisas não podem ser resolvidas como na matemática, ou na lógica? Através de convenções. Todas os problemas amorosos seriam resolvidos de uma forma pré-estabelecida, como 2+2=4. Simples assim.
Seria tudo tão mais fácil, tão menos doloroso. Não só pra os personagens dessa minha história real, mas para todo o mundo. Mais fácil e menos doloroso para todos os personagens de todas as histórias de amor, inclusive daquelas que eu sou personagem (protagonista ou coadjuvante).
E vocês me perguntariam "finais felizes ou infelizes"?
ESQUEÇAM!
Finais exatos. E nada mais.
É isso.
Ps.: Adicionei um contador de visitantes no canto inferior direito da página, nomeei de "número de desocupados". Ele começou a contar a partir de 1000, pra ninguém descobrir que o negócio aqui é meio parado...rs
terça-feira, 20 de maio de 2008
domingo, 18 de maio de 2008
Vamos falar do amor
Não, pra mim não.
Mas eu tenho descoberto e aceitado uma nova forma de amar (de me sentir amada na verdade). Por que nem todo mundo consegue (ou acha necessário) dizer "eu te amo" todo dia. Por que nem todo mundo consegue (ou acha necessário) fazer cafuné quando a gente está com sono. Por que nem todo mundo consegue (ou acha necessário) fazer carinho no rosto, ou na mão quando se está de bobeira.
quarta-feira, 30 de abril de 2008
sábado, 26 de abril de 2008
Surpreendente
Duque La Rochefoucauld
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Miedo
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da
Tienen miedo de subir y miedo de bajar
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da
El miedo en una sombra que el temor no esquiva
El miedo as una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor
Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá
Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá
O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar
Tienen miedo de reir y miedo de llorar
Tienen miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienen miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da
Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá
O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor
El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar
Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo
Medo estampado na cara ou escondido no porão
Medo circulando nas veias ou em rota de colisão
Medo é de deus ou do demo? É ordem ou é confusão?
O medo é medonho
O medo domina
O medo é a medida da indecisão
Medo de fechar a cara, medo de encarar
Medo de calar a boca, medo de escutar
Medo de passar a perna, medo de cair
Medo de fazer de conta, medo de iludir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo que dá medo do medo que dá
Medo que dá medo do medo que dá."
É isso.
sábado, 19 de abril de 2008
E agora?
É isso.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Tudo o que quer de mim
Não tem mais jeito
Acabou, boa sorte
Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará
Tudo o que quer me dar
É demais, É pesado Não há paz
Tudo o que quer de mim
Irreais, Expectativas Desleais
Mesmo, se segure
Quero que se cure
Dessa pessoa
Que o aconselha
Há um desencontro
Veja por esse ponto
Há tantas pessoas especiais
Tudo o que quer me dar /Everything you want to give me
É demais / It's too much
É pesado / It's heavy
Não há paz / There is no peace
Tudo o que quer de mim / All you want from me
Irreais/ isn't real
Expectativas / Expectations
Desleais
Now we're Falling
Falling, falling into the night
Um bom encontro é de dois"
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Por isso não provoque
"Por isso não provoque. É cor de rosa choque."
É isso.
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Verdade
"A porta da verdade estava aberta,É isso.
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta.
Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar.
Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia."
Carlos Drummond de Andrade
domingo, 6 de abril de 2008
"Mentiras sinceras me interessam"
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Fazer Amor
Recebi esse texto por e-mail e resolvi compartilhar.
"Fazer amor é coisa séria demais...
Não basta um corpo e outro corpo, misturados num desejo insosso, desses que dão feito fome trivial, nascida da gula descuidada, aplacada sem zelo, sem composturas, sem respeito, atendendo exclusivamente a voracidade do apetite.
Fazer amor é percorrer as trilhas da alma, uma alma tateando outra alma, desvendando véus, descobrindo profundezas, penetrando nos escondidos, sem pressa com delicadeza... porque alma tem tessitura de cristal, deve ser tocada nas levezas, apalpada com amaciamentos... até que o corpo descubra cada uma das suas funções.
Quando a descoberta acontece é que o ato de amor começa.
As mãos deslizam sobre as curvas, como se tocando nuvens, a boca vai acordando e retirando gostos, provocando os sabores, bebendo a seiva que jorra das nascentes, escorrendo em dons, é o côncavo e o convexo em amorosa conjunção.
Fazer amor é Ressurreição.
É nascer de novo: no abraço que aperta sem sufocamentos no beijo que cala a sede gritante, na escalada dos degraus celestiais que levam ao gozo.
Vale chorar, vale gemer... vale gritar, porque ai já se chegou ao paraíso, e qualquer som ha de sair melódico e afinado, seja grave, agudo, pianinho... há de ser sempre o acorde faltante quando amantes iniciam o milagre do encontro.
Corpos se ajustaram, almas matizaram...
Fez-se o Êxtase...
É o instante da paz... é a escritura da serenidade !
E os amantes em assunção pisam eternidades."
É isso.
segunda-feira, 31 de março de 2008
Me desconheço
Me Desconheço
Me desconheço
Me esqueço
Me viro pelo avesso
Descubro que tudo tem um começo
E que se apaixonar tem seu preço.
No peito não apenas o amor
Não apenas uma dor
Mas também esse calor
Da fornalha da paixão
Queimando o que é lógico
E o que é ilusão
Cegando os olhos
Que dizem que não
Tomando a mente
Inebriando a razão.
Não sei mais o que é certo
O que é sim
E o que é não.
Quem dera
Que meus dias de espera,
Não findassem em mera melancolia
E que a covardia
Que me enche e esvazia
Não fosse um dia
A única companhia
Do meu recomeço
Me Conheço
Me esqueço
Me viro pelo avesso
Descubro que tudo tem um começo
E que se apaixonar tem seu preço.
Me conheço
É isso
sábado, 29 de março de 2008
Os dois filhos de Francisca
O "um gole só" é mais do que um blog pra mim, mais do que um filho. Ele é muito mais do que falar das coisas que aconteceram dentro e fora da minha vida, é mais do que um espaço pra falar do que eu sinto, do que eu penso, do que eu decido, do que eu faço ou do que eu deixo de fazer.
Eu sempre usei a escrita como forma de transformar em algo visível o que não pode ser visto. Mesmo que apenas no papel. É isso que a escrita faz não é? Transforma todas as formas de sentimento possíveis em risco no papel. A revolta, a raiva, a indignação, a saudade, o arrependimento, a dor, a tristeza, a alegria, a perda, o amor. Foi isso o que eu sempre fiz e sempre fiz através da poesia.
Poucos amigos (quase nenhum) sabem que eu tenho algumas poesias escritas. Eu gosto do que eu escrevo. Gosto delas. Gosto das rimas, do que dizem. Da forma que dizem. Gosto da forma que elas se expressam em meu lugar. Mas não gosto que ninguém as leias, elas foram escritas por mim e para mim, mesmo que falem de outras pessoas.
Mas poesia é diferente de um blog. Nelas você precisa usar, além do simples sentir, o pensar. Não pensar de forma aleatória e involuntária, mas de forma lógica, quase matemática. Por que tem que rimar, tem que arrumar, tem que ficar bonitinho, tem que ter sonoridade, tem que ter verso mesmo e isso não é fácil.
Não pensem que eu sou a maior poetiza do universo. Sou nada! Só estou falando do que eu acho a respeito da poesia, só isso. E estou tentado fazer é um paralelo em relação ao blog.
Aqui é diferente, óbvio que é necessário pensar, mas não preciso me preocupar com nada. Apenas em dizer. O português (arranhado) é o meu idioma e é tudo que eu preciso.
Aqui, de frente pra tela do meu computador, é só pensar no que dizer e dizer, assim. Os dedos são obrigados a ser tão velozes como o meu pensamento.
Os dois filhos (meu blog e minhas poesias) têm lugar especial no meu coração, cada um com sua individualidade. Assim como todas as mães do mundo devo dizer que amo os dois da mesma forma mas...(é nesse "mas" que todas as mães se entregam, assim como eu vou me entregar) o blog tem um poder de me desnudar. E mais do que isso é ele quem me ajuda a entender a minha própria vida.
Estranho isso né? Me pego diversas vezes dizendo "Eu disse no meu blog que eu sou..." ou "eu tenho mania de... e até falei isso no meu blog" e é ali, naquele momento que percebo que eu não tinha me dado conta "que eu era ..." ou "eu tinha mania de..." até escrever isso aqui no "um gole só".
A sensação que eu tenho é que ao organizar, sistematizar as milhares de coisas que passam em minha cabeça para escrever aqui de uma forma capaz de me fazer ser entendida por quem aqui parar para tomar "um gole só", eu também consigo me fazer entendida para mim mesma.
Estou em um momento bom em minha vida. E estou achando engraçado como minha vida é mutante (e descobri isso aqui também). Como ela se transforma assim... de um dia pra outro. Num dia é um "sim" pra alguém, no outro esse mesmo alguém te diz um "não". Outro eu estou feliz, imensamente feliz e no outro é uma tristeza que não tem mais fim.
Hoje estou feliz, imensamente feliz. Reconstruindo, minha vida (em muitos sentidos). Reconstruindo de forma diferente "aprendendo com os erros e me orgulhando dos acertos". Que seja diferente. E vai ser. :-)
É isso.
terça-feira, 25 de março de 2008
sexta-feira, 21 de março de 2008
Cala a boca Nietzsche!
Eu concordo com ele, mas com todo respeito que eu tenho ao grande mestre... Dane-se (não ele, mas a teoria). Não quero mais isso pra mim. Vou fingir que não sei disso, melhor, vou fingir que não acredito em nada disso. A partir de hoje a palavra pra mim é a verdade, a verdade absoluta, incontestável. A palavra pra mim vai ter força de lei, e lei suprema, constitucional.
CALA BOCA NIETZSCHE! VOCÊ NÃO SABE DE NADA.
A partir de hoje se alguém me disser "A", eu vou entender "A" e mais nada. Não me interessa o que a pessoa pensa, o que ela sente, o que ela quer dizer de fato e muito menos o que ela quer que eu entenda. É "A"??? Então tá ótimo! É "A".
Sim Magalí... e se alguém disser "B"? Ora bolas!! Não está óbvio? Se disser "B", é "B". Assim como se disser "C", ou "D" ou o alfabeto inteirinho.
A técnica agora vai ser "viver e internalizar" o que eu digo e o que eu ouço [PONTO] e "esquecer e externalizar" o que eu sinto. Por que, me parece, que ilogicamente o mundo espera isso de nós (principalmente de mim). Espera que internalizemos o que não é real, o que é pura e mera convenção (a palavra) e que externemos (pra a lata do lixo de preferência) o que é real, o que existe e o que é sentido (a verdade).
Pra mim está combinado, fiquemos com a palavra e joguemos a verdade fora.
Vai ser assim mesmo e eu não vou mudar. Eu dou a minha palavra. Não. A minha palavra não. Dou a minha verdade.
"CONHECEREIS A VERDADE E ELA VOS LIBERTARÁ." (Jo, 8:32)
É isso.
Ps.: Eu preciso muito mais do que um uno, e queria muito mais do que simplesmente te levar pra dar um rolé.
terça-feira, 18 de março de 2008
domingo, 16 de março de 2008
Solar
"Eu quero o pensar-sentir hoje e não tê-lo apenas tido ontem ou ir tê-lo amanhã.
Tenho certa pressa em sentir tudo. Quero alcançar dentro de mim uma paisagem
assim profundamente embaixo da terra, um lençol d´águas plácidas correndo - e a
alma extasiada que não se controla e estremece em levíssimo orgasmo. A pura
contemplação." Clarice Lispector
Eu não só quero, como tenho nesse momento vivido o "pensar-sentir hoje" que Clarice se refere e me sinto muito bem com isso. A sensação é exatamente essa de "alma extasiada que não se controla e estremece em levíssimo orgasmo" (nem quero saber de conversar rs).
Se há dentro de mim "uma paisagem assim profundamente embaixo da terra, um lençol d'águas plácidas correndo" eu não sei, mas enquanto ainda não achei no meu interior essa paisagem tão sublime, resolvi tentar encontrá-la fora de mim, e sabia exatamente onde encontrar.
Há algum tempo atrás passei por um momento bastante delicado da minha vida. Num desses dias de momentos de pouco raciocínio e muita confusão mental, espiritual e emocional, estava eu voltando do centro da cidade pra casa, passei em frente à uma placa que dizia "SOLAR DO UNHÃO" involuntariamente entrei. Assim. Simplesmente assim. Seguia em direção a minha casa, vi a placa e entrei.
Desci a ladeira com o carro sem saber exatamente, onde eu estava, para onde eu estava indo, e o que exatamente eu estava indo fazer ali. Me deparei com uma vista privilegiada da Baía de todos os Santos (encantos e axé). Como que numa espécie de transe, estacionei o carro, desci lentamente, sentei em um batente e fiquei ali. Parada, enfeitiçada. Como uma espécie de encanto. Pensei em mim, em minha vida, em tudo. Depois de muitas horas (não me perguntes quantas) entrei novamente no carro e voltei "ao normal".
Aquilo foi mágico de uma forma que até hoje guardo e revivo exatamente a mesma sensação todas as vezes que volto ao Solar do Unhão. Quando entro lá é como se eu estivesse entrando daquela minha primeira vez. E diante da mesma vista de todas as vezes, tenho o mesmo sentimento de descoberta daquela tarde.
Ontem eu fui lá. Delicioso.
É o lugar perfeito pra absolutamente tudo.
Pra pensar (e repensar) a vida, pra pensar em alguém especial, pra tomar decisões, pra colocar a conversa em dia, pra discutir assunto mal resolvidos, pra matar a saudade, pra ouvir música, pra fazer silêncio, pra perceber o quanto vc ama quem está te fazendo companhia ali naquele lugar, naquele momento, e perceber o quanto é feliz por ter alguém assim na sua vida, pra lembrar de novo de alguém especial, e lembrar de novo e de novo e de novo.
O Solar do Unhão exerce sobre mim uma magia difícil de explicar.
"Amo muito tudo isso"
Ps.: Vocês lembram a foto de um pôr do sol que eu coloquei no primeiro post? Achei no google. A foto lá em cima foi tirada lá, ontem do meu celular, muuuuuuuuuuuito mais lindo. Devo falar novamente desse cartão postal, em breve, afinal existe uma promessa a ser cumprida.
"E se quiser saber pra onde eu vou... Pra onde tenha sol. É pra lá que eu vou."