quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

domingo, 7 de dezembro de 2008

F5

Então...
Eu sei que ninguém me perguntou, mas se querem saber, eu estou bem, muito bem.
Tanta coisa boa acontecendo ao mesmo tempo e eu com uma incrível sensação de que as coisas estão da forma que devem estar. Acho que essa é a forma mais tranquila de estar estar feliz. Por que no fundo, não importa em que situação estamos, mas sim (e principalmente), como estamos em cada situação.
Não estou rica (nem perto disso), não estou no melhor emprego do mundo (nem perto disso)Não tenho uma família perfeita (nem perto disso), não estou vivendo uma grande paixão (talvez, perto disso). Mas estou feliz.
A verdade é que as coisas estão acontecendo, a vida está indo e eu também. Estou seguindo meu caminho, admirando a paisagem. Vez ou outra paro pra um copo d'água, respiro fundo e continuo. Não faço a menor idéia de onde vai dar (nem sei se vai dar em algum lugar), mas de qualquer forma vai valer a pena (já está valendo).
Com o tempo aprendemos que o fim não é tão importante e que é nossa obrigação (se queremos ser felizes) valorizar cada instante do percurso que nos levará a ele...
“Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve”.
Lewis Carrol - Alice no País das Maravilhas
Eu diria mais... Diria que qualquer caminho servirá se o fim não for o mais importante. Hoje eu estou assim, vivendo um dia após o outro, um instante após outro e só.
Como eu mesma disse há alguns posts atrás “Estou seguindo o meu caminho, onde ele der, eu chego.”
É isso.

domingo, 30 de novembro de 2008

Dose Homeopática

Depois de tanto tempo, nada de grandes textos...
Vamos devagar.

Um texto de Cecília Meireles.

Lua Adversa

Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...


É isso.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Não, obrigada.

O telefone toca.
>Triiiim<
- Alô
Do outro lado da linha uma voz mais do que familiar.
- Fafadinha, tem uma figura massa pra colocar na sua fita. Já tá na sua é pra casar e quer casar.
Silêncio do outro lado da linha
- Fafadinha!? Você está aí?
>tu...tu...tu...tu...tu...tu...<

É isso.

domingo, 12 de outubro de 2008

Feliz Dia das Crianças!

Alguém não vai ganhar sobremesa.

É isso.

sábado, 11 de outubro de 2008

Pandora's Box

Caiu ao chão;
rachou o crânio.
Da fenda entreaberta
um feixe de luz.

Era a Caixa de Pandora que se abria.


É isso.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

domingo, 28 de setembro de 2008

Dissimulada, eu?

Olha eu aqui às 01:32h "da madrugada de sábado pra domingo" (como diria Galvão Bueno em dias de Fórmula I).
O corpo tem custado a desacelerar, e isso, não necessariamente é uma queixa. Os dias têm passado mais rápidos, eu tenho andado mais rápido e tenho aprendido a cada dia que a vida não espera por mim (nem por ninguém).
Não perdi a mania (nem a vontade) de fazer planos, de sonhar com o futuro. Isso jamais. Mas tenho entendido (em meio essa correria desenfreada do dia a dia), que o futuro deve ser construído hoje... agora, exatamente agora.
Por isso estou assim, nessa procura louca, nessa correria. Sedenta do futuro, sedenta de ser feliz.
Estive mal humorada esses dias. Não gosto quando estou assim (ou até gosto, não estou certa disso ainda). A verdade é que meu mal humor de certa forma é um meio (não muito social) de purificação. É como se os dias de mal humor representassem um processo de desintoxicação da alma.
São nesses dias que "lavo" os sapos engolidos, as raivas contidas, a risada que saiu, quando o que eu queria era chorar, o abraço que foi dado quando a vontade era bater, a desculpa que não deveria ter sido dada, o favor que não deveria ser feito, o apreço fingido, a educação forçada e todas essas dissimulações impostas pelo convívio social.
Por que todos (uns em maior, outros em menos grau) são obrigados a viver assim.
A filosofia chama esse processo de sofisma, e eu vejo sua raiz nos nossos primeiros anos de vida. Se existem culpados, eu apontaria nossos pais.
Começamos a nos intoxicar desde muito pequenos, quando temos que brincar com o coleginha que não gostamos, mas é filho dos amigos de nossos pais, quando temos que oferecer o lanchinho, mesmo sem querer dar se quer um pedacinho. Quando nos olham e dizem "vai dar um beijo na tia", e "a tia" é aquela velha chata, que nos aperta a bocheca e fala conosco, aos 12 anos, como se nós ainda tivéssemos apenas 3.
Acredito que os que conseguem dizer não a essas pequenas regras da vida em sociedade não serão felizes. Por outro lado, acredito também que os que dizem sim todo tempo, não alcançarão a felicidade também.
Vai ver é por isso que meu mal humor vem, vai ver é por isso que minha TPM vem. Vai ver é por isso. Vêm como uma espécie de recarga (ou descarga). Uma espécie de backup da alma.
Nem sei se o que foi escrito aqui faz sentido, acho que comecei falando de outra coisa, mas enfim... não pretendo reler (quase nunca o faço). É madrugada e o corpo já começa a dar os primeiros sinais de desaceleração, vou aproveitar esse momento tão raro esse dias.

É isso.

domingo, 21 de setembro de 2008

Meus amigos

Existem textos que eu gostaria de ter escrito. E muitas vezes me pergunto se de fato eu nao os escrevi.
Penso ainda que se não foram escritos por mim, de certo, seria um imenso prazer conhecer e conversar com seus autores. Entender suas vidas, ouvir suas histórias e contar as minhas.

O texto abaixo é um desses. É de Marcos Lara Resende. Lá vai...

"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Pena, não tenho nem de mim mesmo, e risada, só ofereço ao acaso.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto;
e velhos, para que nunca tenham pressa.

Tenho amigos para saber quem eu sou,
pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos,
nunca me esquecerei de que "normalidade"
É UMA ILUSÃO IMBECIL E ESTÉRIL."

É isso.

sábado, 20 de setembro de 2008

Cansaço...

"Cansaço é o ato ou o efeito de causar fadiga."

Cansada, abatida, languida, extenuada, debilitada. Fraqueza, lassidão, esgotamento, fadiga.

"A palavra fadiga é usada cotidianamente para descrever uma série de males, que vão desde um estado genérico de letargia até uma sensação específica de calor nos músculos provocada pelo trabalho intenso.
Fisiologicamente, "fadiga" descreve a
incapacidade de continuar funcionando ao nível normal da capacidade pessoal devido a uma percepção ampliada do esforço. Fadiga é onipresente na vida cotidiana."
Preciso dizer mais alguma coisa? Preciso.

Pois bem, como todos já sabem eu sou dengosa. Dengosa assumida. Do tipo que reclama, resmunga, faz bico e blá blá blá.
Minha vida está extremamente corrida esse dias (esses meses).
O trabalho tem estado especialmente intenso. E está entrando em um período ainda mais delicado (ainda não estou certa de que a palavra correta devira de "delicadeza"). Tento fazer sempre o melhor que eu posso e isso nem sempre é o melhor a ser feito.
O mesmo acontece com as aulas. E com esse compromisso de fazer um curso realmente bem feito. Esse compromisso idiota (que eu realmente gostaria de saber quem inventou) de estudar e prestar atenção às aulas e anotar tudo direitinho e não filar aula e não cochilar e, e, e, tem me deixado um tanto quanto desacelerada (o polissíndeto - o emprego repetitivo da conjunção entre as orações de um periodo ou entre os termos de oração - foi intencional, pra que fique ainda mais claro o meu cansaço).

Será o benedito, que até meu sono tem tirado? Chego em casa tarde e o corpo custa a desacelerar. Mas de alguma forma estou feliz. Estranhamente feliz.
Tenho me sentido produtiva, me sentido viva (como, há muito, eu não me sentia). Que eu me canse a cada dia mais, por que só assim eu terei a certeza que eu estou no caminho certo.

Por que não conseguimos valorizar absolutamente nada que nos venha a mão de maneira fácil. É muito mais gostoso o sabor da vitória, quando ele custou o nosso suor, quando custou nossas olheiras, nosso corpo mole.
É sempre mais prazeroso vencer, quando nós desmaiamos na cama no ápice da exaustão.

Eu estou seguindo. "Podando meu jardim, cuidando bem de mim" e isso tem me feito feliz. Extremamente feliz assim.


É isso.

domingo, 14 de setembro de 2008

Domingo...

Esses dias eu estou meio musical...
Hoje vim postar e só vinha na cabeça o meu domingo, e a palavra se repetia em minha cabeça, sem que nada me viesse a mente. Apenas martelando sem parar... domingo... domingo... domingo...

Domingo
Só Pra Contrariar

"Domingo quero te encontrar
E desabafar todo o meu sofrer
Estar ao teu lado, Esquecer de tudo
Tudo que o amor até hoje nos fez sofrer

Esquecer a briga que deixou ferida
E que até hoje não cicatrizou
Te amar de novo faz parte da vida
Abre o coração, tudo tem sentido e tem razão

Cola o teu rosto no meu
Chega mais perto de mim
Faça de conta que eu sou teu namorado
Amar você é bom demais
É tudo que eu posso querer
Se tudo você tem melhor
Pior é te perder, amor."

É isso.

Estou cuidando bem de mim...

É isso.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Procura-se

Conversava ontem com uma amiga muito querida (que me estressa mais do que qualquer outra coisa) e aí me bateu uma deprê. Uma tristeza, sabe? Por que começamos a falar do que queremos e não queremos em nossas vidas. E eu descobri que eu tenho muito, mas ainda quero muito.

Tenho muitos sonhos a serem realizados, tenho muitas coisas a conquistar, tenho muita vida pra viver e ainda não vivi. Ainda não estou vivendo.

"Não vou viver com alguém que só espera um novo amor"

Eu espero muito mais do que um novo amor. Minha vida é muito mais do que isso, é muito mais do que amar.
  1. Quero ter prazer no meu trabalho;
  2. Trabalhar muito;
  3. Que meu trabalho seja reconhecido e valorizado;
  4. Quero que a valorização seja revertida em cifras;
  5. Se a valorização for revertida em cifras, que seja cada vez mais valorizado rs.
  6. Não quero me sentir limitada.
  7. Quero me formar;
  8. E quero me formar logo;
  9. Quero fazer um bom curso;
  10. E que a minha formção seja garantia de um bom emprego;
  11. Quero passar em um concurso.
  12. Que eu seja a melhor em tudo que eu faça;
  13. Que aquilo que eu faça possa ajudar outros;
  14. E que as pessoas sejam gratas pela minha ajuda;
  15. E que eu tenha maturidade pra entender que nem todos serão.
  16. Não quero mudar o mundo (não sozinha);
  17. Mas quero contribuir pra sua mudança.
  18. Quero todos os meus amigos ao meu redor;
  19. Quero que eles se metam em minha vida;
  20. E que me deêm bronca quando eu fizer algo errado;
  21. E quero brigar com eles quando eles também o fizerem;
  22. Quero que meu celular não pare de tocar nunca;
  23. Quero fazer bico;
  24. Quero ser chamada de enrolada;
  25. Quero me atrasar;
  26. Quero tentar ser pontual;
  27. Quero não conseguir.
  28. Quero comprar um carro;
  29. Quero ir pra onde eu quiser com ele;
  30. Que eu tenha dinheiro pra o seguro;
  31. E pra gasolina;
  32. Que eu nunca bata, arranhe ou amasse;
  33. E se bater, arranhar ou amassar que a culpa não seja minha.
  34. Quero dar carona;
  35. Quero negar carona também.
  36. Quero dirigir cantando
  37. E quero desligar o som quando me irritar.
  38. Quero morar sozinha;
  39. Ter dinheiro pra pagar minha despesas;
  40. Quero independência;
  41. Muito mais do que liberdade.
  42. Quero escolher a mobília do meu apartamento;
  43. Quero encher a geladeira de besteira;
  44. Quero não poder reclamar dos pratos sujos na pia;
  45. Quero ter que lavar banheiro;
  46. Quero não ter hora pra voltar;
  47. Mas quero voltar,
  48. E voltar inteira.
  49. Quero gritar de felicidade por não ter ninguém me esperando num dia.
  50. E no outro, quero chorar pelo mesmo motivo.

Mas minha vida é amar também (e ser amada).

  1. Quero não ter medo de me apaixonar
  2. E quero me apaixonar
  3. E que alguém se apaixone por mim
  4. Quero viver essa paixão
  5. Quero ser a primeira pessoa que alguém pensa quando acorda.
  6. Ao menos duas vezes por semana.
  7. Quero ter pra quem ligar quando eu estiver triste
  8. E quero ser pra quem alguém liga quando também estiver assim
  9. Quero ligar quando sentir saudade
  10. Quero sentir frio na barriga só em olhar nos olhos
  11. Quero provocar frio na barriga também
  12. Quero chorar na tristeza
  13. E ri na alegria
  14. Quero andar de mãos dadas
  15. Quero fazer cafuné
  16. Quero receber cafuné
  17. Quero me sentir "propriedade" de alguém
  18. Quero que alguém seja meu
  19. Quero dar satisfação
  20. Quero que me mandem mudar de roupa
  21. Quero dizer que não vou mudar
  22. Quero que me perguntem com quem eu estava falando
  23. Quero discutir por causa disso
  24. E quero fazer as pazes depois.
  25. Quero bater telefone na cara de raiva
  26. E quero ligar depois pedindo desculpas
  27. Quero tentar resolver problemas juntos
  28. Quero opinar nas decisões
  29. Sem decidir por ninguém
  30. Quero dar apoio, mesmo sem concordar
  31. E torcer pra dar certo, mesmo tendo avisado que não ia dar
  32. Quero rir do que tem graça
  33. Quero achar graça quando ninguém mais achar.
  34. Quero estar ao lado por obrigação
  35. Quero estar ao lado por prazer
  36. Quero estar ao lado só por estar.
  37. Quero beijo de 10 minutos
  38. Quero fazer amor como se nada mais no mundo importasse
  39. Quero que o amor se faça sozinho
  40. Quero construir o relacionamento um dia após o outro
  41. Quero que os dias passem
  42. Que os anos também
  43. E que a gente nem perceba que o tempo passou
  44. Que depois de muito tempo
  45. O beijo tenha o mesmo sabor
  46. E ao mesmo tempo um sabor novo
  47. Que o desejo ainda queime o corpo como brasa
  48. Como se fosse a primeira vez
  49. E que ao olhar pra traz
  50. Eu pense em fazer tudo de novo.

É isso.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

E a gente foi...

Seguinte... eu até queria falar do show de Ivete.
Queria falar da cantora talentosa e carismática que ela é, das qualidades dos seus músicos, dos arranjos novos que eles deram às músicas. Queria falar o quanto eu ri durante o show. O quanto eu dancei. Falar que cantei várias músicas de olhos fechados e blá blá blá...
Pois é... Eu queria, juro que QUERIA...
Mas aí, no meio do show, chega uma fotógrafa (desses sites aê)

- Posso tirar uma foto de vocês?
- Pode. Claro que pode. (Eu jamais perderia uma oportunidade de me exibir)
Ajeita o cabelo, ajeita a roupa, capricha no sorriso e ... CLICK.
- Amanhã, no site.
- Ah! Tá bom valeu!
- Qual o nome de vocês?
- Luciana, Gustavo e Magalí.
Hoje, dois dias depois do show, lembrei da foto e fui conferir. "Qual era o site mesmo? Ah! Michelle Marie. com.br"
Loading...
"I-ve-tê San-ga-lô e Ân-ge-la Ro Rô... Muita 'gente bonita' ...deve ser aqui". Outro click (dessa vez sem flash).
Loading...
E lá estavam Magalí, Gustavo e Luciana (não necessariamente nessa mesma ordem) "nas internetias"
Pouco mais de 12 fotos, minha amiga Margarth (Menezes), meu amigo Saulo(Fernandes), Veveta(é muita intimidade) e outros amigos queridos... rs
Eu, Magalizinha entre os VIP's. Sendo VIP.
Duvidam??? Clique AQUI
Me achei o máááááximo. Uma menininha deslumbrada com (e no) o mundo frágil e efêmero do show bussiness.

Mais de 5 mil pessoas lotaram a concha acústica do TCA. Suponhamos que pouco mais de 300 foram fotografadas. Mas advinha quem foi que o funcionário, cujo crachá tem "o cara que seleciona as fotos de GENTE BONITA" escolheu????

Vocês sabem que eu sempre odiei o termo Gente Bonita?? Sempre achei o termo extremente discriminatório, tanto racial quanto socialmente. Mas taí... até que eu tô começando a achar ele bonitinho... rs.

Nas minhas próximas festas eu só quero gente bonita, (por que agora eu vou virar socialite, vou comprar um poodle, um casaco de pele, uma bolsa Louis Vuitton, um óculos Dolce & Gabbana, uma sandália Prada, fazer uma lipo, colocar silicone e... deixa eu ver mais o quê...s ó isso... por enquanto só.)

Mas percebi que era só uma foto, só uma droga de uma foto e nada mais. Cai na real e descobri que "Glamour eu tenho, mas me falta-me o dinheiro" rs
E lá se foram meus 15 minutos de fama...

É isso.

Ps.: A propósito, pra todos os efeitos eu estava na aula. Portanto.... QUEM ME VIU, MENTIU ;-).

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

É amanhã....

... e nós vamos!


É isso.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Pula...

"Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo, é do amor
Que você guarda para mim
Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo, é de você
Você tem medo, é de querer
Me amar"
(Adriana Calcanhoto - Medo de amar)
É isso.

domingo, 24 de agosto de 2008

domingo, 17 de agosto de 2008

Devaneio meu

Então...

Ontem eu conversava com um amigo (mais que amigo), via msn, e no meio da nossa conversa ele disse "Amiga, o que você tem? Está tão baixo astral!", eu respondi um seco "nada não" e foi naquele exato momento que eu percebi que não sou tão boa atriz quanto eu penso ser.

Algumas fatos acontecem em nossa vida pra nos fazer repensar determinadas coisas e perceber que nós não somos imbatíveis, que nós não somos inquebráveis. Nos ensinam a viver, ensinam a ser menos.

Devemos nos doar menos, nos entregar menos, mergulhar menos, acreditar menos e viver menos. Sempre menos. E essa "matemática do menos" deve ser levada ainda mais a sério, quando a única coisa que se tem de "mais" em nossas mãos é uma carência sem fim.

Sai ontem a noite como quem quer engolir o mundo em um único gole, em "um gole só" - na verdade tenho feito isso nos últimos dias - e depois de cada gole percebo que minha boca ainda está com um gosto amargo demais pra saborear o mundo.

Ontem, em especial, percebi que existe muito mais no mundo do que apenas eu e o meu infinito particular ferido. Por essa razão (e muitas outras) eu não tenho o direito de, na tentativa de engolir o mundo, levar pra quem no mundo está, o mesmo sofrimento e a mesma dor que em mim não cabe mais.
Foi aí que, hoje, em minha cama, lembrando da noite de ontem - e dos acontecimentos das últimas semanas - abri meus olhos (no sentido literal e figurado). Sentei na cama, peguei o celular no intuito de realizar duas ligações telefônicas. A primeira foi feita.

Pra realização da segunda faltou coragem, faltou a mesma coragem que determinou qual seria a ordem das duas chamadas. Diante da minha dupla covardia e da inexistência de um terceiro, quarto ou quinto número que me fizessem postergar (ainda mais) a minha ligação levantei da cama e vim ao computador. Aqui sim eu sou valente.

Mas a verdade é que tem sido necessário ser duas pessoas. Uma que anda "tão à flor da pele, que qualquer beijo de novela me faz chorar" de Zeca Baleiro e outra que diz "já não sinto amor, nem dor. Já não sinto nada" Arnaldo Antunes. E no meio dessa loucura de personalidades não consigo reconhecer a Magalí que eu realmente sou em nenhuma dessas personagens que se apresentam.

É a primeira Magalí que alimenta a segunda. É a primeira - depois de ter o ego agredido, depois de se sentir diminuida, magoada, sofrida, ferida - que chama a segunda Magalí e sai de cena.

Quem dera se a segunda estivesse sempre ao meu lado. Quem dera se depois de se encher de raiva, depois de dizer, gritar, ofender, machucar, magoar, de "se vingar a qualquer preço, te adorando pelo avesso" (como diria Chico Buarque) ela não saisse de fininho, me deixando sozinha, num canto com a Magalí "à flor da pele".
Ontem a tarde, em um dos meus muitos momentos Arnaldo Antunes, meu irmão - cujo ombro tem servido de amparo para cada gota de lágrimas derramadas nesses dias e que tem sido "a escada na minha subida" - acabou sendo (de certa forma) a escada na minha descida e trouxe à tona a Magalí Zeca Baleiro. Ele me mostrou uma música de Jorge Vercilo que me fez compreender absolutamente tudo. Tudo que se passa e se passou comigo.
O nome da música é Devaneio e me fez chorar feito criança, feito "menina pequena". Chorar não por ninguém, nem mesmo por mim. Um choro diferente de todos os outros. A letra, o arranjo e a interpretação me fizeram entrar em um nível de entendimento que talvez eu demorasse anos pra alcançar.

Não há culpados, não há vítimas. Há apenas sentimentos não equivalentes. E onde não há equivalência o conflito existirá.

É um estranho jogo, onde seu companheiro de equipe é também adversário e jogar certo não significa necessariamente, saber jogar. Nesse jogo, perderá, não quem jogar pior, mas quem jogar sozinho.

Eu joguei sozinha e perdi de goleada.

Eu e essa minha mania de apostar todas as fichas em única rodada. Essa minha mania de fazer, planos, de imaginar coisas, de construir um futuro dentro de mim e esperar que ele aconteça fora. Ninguém é obrigado a realizar os sonhos que são meus. Ninguém.
Eu e essa minha mania de pular de cabeça em uma poça d'água. Eu e essa minha mania de largar o escudo e a armadura antes de ir pra guerra. Por que o amor é uma guerra e quem estiver mais protegido... (eu ia dizer vence, mas acho que quando o final existe não há vencedor. Apenas dois derrotados, um mais, outro menos ferido.)

Felizmente todos sobrevivem, mas não de todo. Nessa guerra algo em mim morreu. Morreu a irresponsabilidade, a inconsequência que é típica da paixão. Morreu o hábito de fechar os olhos e me lançar, esperando que o outro me segurasse, como naquela brincadeira de criança (afinal tenho apenas 23 anos e "faço valer a idade que eu tenho"). O amor não é um jogo pra crianças. É brincadeira de adulto, de "gente grande" e o que chamam de maturidade para se envolver pode (e deve) ser lido como "não se envolver".

Me vi passando essa "corrente do mal" ontem. Me vi brincando de ser adulta e não gostei do que vi. "Adultos" não podem brincar com "crianças", assim o jogo não é justo, a balança não está equilibrida. Adultos devem procurar adultos e crianças devem procurar crianças.

Descobrir isso a tempo, me fez sentir melhor (ou menos pior). Não tenho obrigação de corresponder o sentimento de ninguém, mas é dever meu respeitar e ao menos ser grata pelo sentimento que qualquer um "criança" ou "adulto" nutrem por mim. Se eu não estou na mesma sintonia, não brincar com os sentimentos do outro é atitude senão de amor, de gratidão e é o mínimo que eu posso oferecer e meu real e único dever. "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".

Aproveitando a proximidade do período eleitoral. Me faço algumas promessas.

Prometo ser a última vez que esse assunto é mencionado aqui (e em qualquer outro lugar). Prometo ser diferente. Prometo amadurecer. Prometo um "epitáfio" às avesssas. Prometo me permitir menos, me envolver menos, me lançar menos, me entregar menos até o dia em que encontrar alguém que aceite o meu amor imaturo, entregue, quase suicída e me mostre que ao seu lado eu posso ser mais.

Estou indo pra rua agora e não pretendo mais engolir o mundo em um gole só. Não tenho pressa. Tudo passa.

É isso.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Enfim...

Não Vale A Pena
Maria Rita

Ficou difícil
Tudo aquilo, nada disso
Sobrou meu velho vício de sonhar
Pular de precipício em precipício
Ossos do ofício
Pagar pra ver o invisível
E depois enxergar

Que é uma pena
Mas você não vale a pena
Não vale uma fisgada dessa dor
Não cabe como rima de um poema
De tão pequeno
Mas vai e vem e envenena
E me condena ao rancor

De repente, cai o nível
E eu me sinto uma imbecil
Repetindo, repetindo, repetindo
Como num disco riscado
O velho texto batido
Dos amantes mal-amados
Dos amores mal-vividos
E o terror de ser deixada

Cutucando, relembrando, reabrindo
A mesma velha ferida
E é pra não ter recaída
Que não me deixo esquecer
Que é uma pena
Mas você não vale a pena.



É isso.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Adoro ver-te

Menino do Rio
Caetano Veloso

Menino do Rio (um sotaque gostooooso)
Calor que provoca arrepio
Dragão tatuado no braço ("eu odeio tatuagem"..rsrs)
Calção corpo aberto no espaço
Coração, de eterno flerte
Adoro ver-te...

Menino vadio
Tensão flutuante do Rio
Eu canto prá Deus Proteger-te...

O Hawaí, seja aqui
Tudo o que sonhares
Todos os lugares
As ondas dos mares ("ê baiana esse lugar é lindo")

Pois quando eu te vejo
Eu desejo o teu desejo...

Menino do Rio
Calor que provoca arrepio
Toma esta canção
Como um beijo... ("uau")

Menino do Rio
Calor que provoca arrepio
Dragão tatuado no braço
Calção corpo aberto no espaço
Coração, de eterno flerte
Adoro ver-te...

Menino vadio
Tensão flutuante do Rio
Eu canto prá Deus Proteger-te...

O Hawaí, seja aqui
Tudo o que sonhares
Todos os lugares
As ondas dos mares

Pois quando eu te vejo
Eu desejo o teu desejo...



É isso.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Motivo Fútil ou Torpe

Eu sei.. eu sei... Deu saudade né?
Sei também que já estavam com raiva, pensando "Nossa!! Essa música de Vanessa da Mata não vai sair nunca mais daí?"
Pois é... a música saiu sim e não por um motivo fútil ou torpe, conforme arti.61 do Código Penal Brasileiro.
Artigo 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
II - ter o agente cometido o crime;
a) por motivo fútil ou torpe;
É uma circunstância em que o agente comete o ato criminoso por motivo fútil, repugnante, idiota, torpe, sem a verdadeira necessidade de ter cometido.
Não se fazia necessária explanação jurídica, entretanto voltei pra faculdade e pretendo, em breve, (não tão breve assim) concluir meu curso... rsrsrs
Mas enfim, o que me traz de volta é a real necessidade de homenagear um ser humano fantástico que aniversariou ontem e merece não apenas um post, mas todo uma vida de homenagens e gratidão.
Meu amigo Sacanagem apagou velinhas ontem... SIM!!!! Ficou mais velho (ou menos jovem). A verdade é que tenho a sensação que podem passar anos e ele nunca vai perder esse espírito adolescente...Calma... não quis dizer que ele é mimado e implicante (apesar dele realmente ser...rsrs). Quis dizer apenas que ao lado dele eu me sinto tão menina.
Tenho muitas fantasias (por favor entendam fantasias no seu sentido mais denotativo possível). Fantasia de mulher maravilha, fantasia de filha rebelde, fantasia de extrovertida, fantasia de mulher séria e madura. E algumas (poucas) pessoas, tem o poder de me fazer tirar a máscara e ser apenas o que eu quero ser naquele exato momento.
Sacanagem é exatamente uma dessas poucas pessoas. Quando eu estou com ele, quando ele está comigo, quando nós estamos (e simplesmente estamos) a fantasia da mulher séria, intelectual, madura e responsável deslisa inteira e eu me vejo nua (que minha amiga Véa não me entenda mal, ainda continuamos no sentido figurado ok?kkkkk).
Foi com ele (e não variavelmente com a minha amiga Véa) que eu ri das coisas mais idiotas e impensavéis. Foi com ele que fiz minha maiores loucuras. Foi com ele que eu consegui descobri tantas coisas em mim, quem nem eu mesma sabia que existiam.
Por que quando estamos juntos, não tem tempo ruim, não tem festa sem graça, nem lugar chato, ou palhaço que não seja motivo de riso.
Por que quando estou com ele, não vejo quando (ou se) as horas passam, ou se (ou que) vai ter bronca quando chegar em casa. Com ele tudo vale a pena (até se a alma é pequena ...kkk).
E ele faz isso... desperta o melhor (e o pior) que há em mim.
E meu amigo é diferente de todos os outros (diferente eu disse, nem melhor, nem pior, apenas diferente). Se for pra ser ciumento ele é mais, muito mais, mas diz que não... o ciúme tá na cara, na forma de falar, na forma de olhar, mas se alguém ousar dizer "Isso é ciúme Gustavo" ele diz com a cara mais descarada do mundo todo... tentando convencer a todos (inclusive a ele mesmo) um "OOOOOOOH GATA.... NÉ NÃO." rsrsrs
Mas o cíume é lindo, por que é a forma que ele encontra de dizer que eu sou a amiga dele, e tenho que ser SÓ DELE. É a forma que ele encontra de dizer que me ama, que não quer me dividir com ninguém e se é pra dividir que ele seja PRIORIDADE.
"Eu quero só ver se eu sou prioridade mesmo. OUVIU MAGALÍ?"
Ele é lindo gente, é a coisa mais linda desse mundo todo, é teimoso, é implicante, é autoritário, é rabugento, é estraga prazeres, é birrento, vingativo, está sempre com a razão... mas é lindo, eu amo e me faz feliz demais... e não é difícil entender por quê.
Me faz feliz e eu amo, por que mais (e além) de tudo isso, ele me faz rir, me entende, me apoia, me dá bronca, me respeita, me aconselha, me alerta. E é sempre tão doce, tão carinhoso, tão engraçado, tão amoroso. Por que Ivete é nossa, e a gente não cansa de falar dela. Por que todo tempo do dia é pouco e precisamos da madrugada pra continuar. Por que quando ele me abraça (no alto dos seus quase 2 metros) eu me sinto tão amada, tão segura, tão confiante que aqueles braços que me envolvem com tanto amor é o mesmo que me acolhe quando eu estou triste ou quando eu simplesmente não sei o que tenho.
Meu amigo Sacanegem é assim, amigo "até debaixo d'água", amigos até "no maraca", amigo até quando tudo ficar preto, "mas eu quero que fique rosa".
E assim ele vai me levando, pra vida toda e em toda vida. E eu amo tanto esse meu irmão DE SANGUE, galã da globo.
Felicidade é pouco... o que eu desejo pra ele não tem nome!!!
FELIZ ANIVERSÁRIO AMIGO!!!!
AI RADIAMEL!!!!!!
É isso.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

ILEGAIS - Vanessa da Mata

Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa vida
E será uma maldade veloz
Malignas línguas
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam, ilegais

Eu só sei que eu quero você
Pertinho de mim
Eu, quero você dentro de mim
Eu, quero você em cima de mim
Eu quero você

Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa farra
E será uma maldade voraz
Pura hipocrisia
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais, demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam, olhos ilegais

Eu só sei que eu quero você
Pertinho de mim
Eu, quero você dentro de mim
Eu, quero você em cima de mim
Eu quero você

terça-feira, 1 de julho de 2008

Pra sempre

Deus é engraçado (com todo respeito). Ele tem um jeito especial de fazer "certos" anjos cuidarem de nós. A tática é boa e infalível.

Ele chama o anjo no canto e fala baixinho "Você é humano e terá um anjo na terra pra cuidar de você". O pobre do anjo acredita nessa história e desce bem feliz e saltitante, cheio de asas, harpas e auréola creeeente que é humano e não um anjo.

Aí depois de anos e anos o anjo de vermelho encontra o humano que Deus disse que cuidaria dele. E fica tão feliz, tão contente, certo de que definitivamente estará protegido. Mas com o tempo (muito pouco tempo) o anjo simplesmente não consegue aceitar a idéia que ele vai ser protegido. Por que ele gosta mesmo é de "meter as caras", gosta de ir pra guerra, gosta de caçar briga pra defender os seus. É a essência dos anjos.
Eles não nasceram pra serem colocados em uma redoma, não mesmo. Não querem (nem conseguem) ficar seguros, tem a necessidade de matar um leão por dia (as vezes dois, três). E o pior é que conseguem. E o mais engraçado dos anjos é que eles fazem isso tudo, sem jamais perder a doçura ou o encanto. Por que até quando os anjos são grossos, pirracentos são doces. Por que até quando estão estressados são engraçados.

"Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás" Che Guevara

Aí pronto, o anjo bagunça o coreto todo e passa a cuidar daquele que ele pensava ser seu anjo. E faz tão bem ao humano, tão bem que esse não consegue mais viver sem esse ser tão especial do lado.
Um dia o anjo acorda inspirado e lembra do que Deus disse no início de tudo. E nem percebe que foi feito de bobo, decide então mandar um e-mail pra a humana aqui.
Pronto, o efeito é garantido, nó na garganta, olho cheio d'água, uma sensação gostosa no coração e um sorriso que não consegue ser desfeito.

"Se existe anjo mesmo ou não eu não sei.
Não sei e tenho raiva de quem sabe.
O meu existe.
Aliás, Deus é bom demais e me deu alguns espalhados pela
vida.
Mas ele sabia que tava faltando algum, um anjo especial, diferente,
cheio de "porques" e "por isso"...
Pra começar não mandou um anjo branco
de olho azul.
Preto de cabelo espichado.
E eu amei.
Amei porque você
foge de qualquer regra pra me ver sorrir, esquece
qualquer bico pra fazer
acontecer o que melhor for, seja de qualquer
maneira, segue ali, do ladinho,
ouvindo, brigando e amando.
Porque o amor é sem limite e sem razão.
Você
é meu anjo e minha amiga, só não é minha irmã!
hahahahhahahahahahahah
Nem é data comemorativa, só pra dizer que eu sou jega, mas sou
sensível
e que você é especialmente especial pra mim.

Sorrisos."


É isso.

terça-feira, 24 de junho de 2008

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Viva São João!!

Viva!


São João já tá chegando,
A sanfona tá tocando
A boca salivando
Cheiro de festa no ar.

É tempo de pular fogueira,
De dançar a noite inteira
De fazer muita besteira
Inté o sol raiar.

Painho-Mainha de viagem
Eu mesma comprei passagem
Pagava até hospedagem
Pra solta na "pirambeira" ficar.

Mas vou tá sem meu chamego
Sem meu dengo, sem meu nego
Vou ficar no desespero
Sozinha na capitá.

Mas náo há ser nada
A abandonada namorada
Não fica triste, nem amuada
Vai de um tudo aprontar.

Tem amigos de montão,
Que ela ama de coração
Fizeram até programação
O ano todo estendem a mão
No São João, não iam faltar.

Quando apertar a saudade
É só chamar a "cumadi e o cumpadi"
Amigos, Véa e Sacanagem
Para festa começar.

Vou ver o céu mudar de cor
Amendoim, milho e licor,
Nas ladeiras do pelô
Ei de fazer meu arraiá.



É isso

sábado, 14 de junho de 2008

Tô de dengo!

Não. Não é só dengo. Juro que não é.

Febre dor no corpo, dor de cabeça, corpo mole, tontura ao levantar, dificuldade em andar. O corpo só pede cama.

Esses são os sintomas reais, essa é a forma física que a doença se expressa e é curada com alguns medicamentos. Paracetamol, aspirina e blá blá blá.

Mas a doença não é só física (ao menos a minha não é). A doença em mim é psicológica também, e a doença psicológica tem os seguintes sintomas: Repetir mil vezes, com uma voz beeeeem mole "tô mal", estender a mão pra qualquer um que passa pelo quarto pedindo carinho entre outros artifícios e sabe como curar isso? Simples. Começa com "DEN" e termina com "GO". DENGO

Quando tô doente, quero colo, quero carinho, quero todas as formas de dengo possíveis e impossíveis. Por que não basta ser remédio, tem que ser gelol. Por que não basta ser pai, tem que participar, por que não basta me dar remédio, tem que dengar.

Por que eu sou carente, sou dengosa e gosto da vunerabilidade que a doença provoca. Essa sensação que somos tão sensíveis, tão frágeis. Tão frágeis que precisamos de alguém do lado, fazendo um cafuné, segurando nossa mão, ligando pra saber se estamos melhor, dizendo que vem nos visitar, agindo como se nós fossemos novamente crianças indefesas e a doença um grande "monstro do armário".´

As vezes acho que a doença é só uma desculpa pra que eu possa implorar sem nenhum receio, pelo carinho que necessito por todo o tempo. A dor, a febre são apenas álibes para a súplica de atenção e afeto.

Não vou entrar no mérito da questão. O fato é que eu estou doente, estou mal (com voz beeeem mole) e preciso de dengo. Estando doente ou não.



É isso.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Na veia da nêga.

Hoje eu acordei "Nega marrenta e brava", acordei "Eu sou neguinha".


"Olha a nêga que vem chegando
Ela chega desconcertando
Ela mexe que mexe
Ela é de finesse

Na veia da nêga corre amor
Na veia da nêga corre o som
A veia da nêga é forte
Na veia da nêga corre sangue bom

Essa nêga ela vem cantando
E a vida ela vai levando
Ela samba que samba
Ela sabe que é bamba

A veia da nêga é nagô
Na veia da nêga corre o dom
A veia da nêga é forte
Na veia da nêga corre sangue bom

Quero ver o que é que tem na veia da nêga
Quero saber o que é que tem a veia da nêga
Tem balanço, tem
Alegria também (tem)
Na veia da nêga corre sangue bom do bem

Um brinde ao sangue da nêga que eu bebo e me embriaga
Nêga do sangue de fogo que não apaga
Nêga que chega, que chega, chega chegando, mulher
Se melhorar estraga
Não corre quando o bicho pega
A nêga não se entrega
O vinho da nêga é forte
É o forte da minha adega, melhor pedida
E quando a nêga chega eu sinto um frio na barriga
Faço o que ela obriga, digo o que ela quer que eu diga
Obrigado, nêga, você me castiga, mas me instiga
Me toma feito droga
Fico tonto feito tronco de jangada numa onda onda que joga
A nêga tira onda, dá nó em pingo de chuva
Vai só na boa, me ensaboa, me enxágua e enxuga
Não sei que sangue tem na veia da nêga
Mas essa nêga é morcega
E ainda bem que essa morcega me suga !"

É isso.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Parabéns pra ele gente!!!


Amanhã é o aniversário do melhor ser humano que existe no mundo. Quem conhece meu irmão sabe do que eu estou falando e o quanto isso é verdadeiro.

Ele merece um post especial. Passei rapidinho só pra informar. Amanhã escrevo.


Feliz Aniversário Maninho!
É isso.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Aqui

Cardápio que é cardápio tem que ter imagem ilustrativa!

Acordei com vontade de comer sushi. Acordei assim, simplesmente assim, mas cadê dinheiro?

É meu povo... final de mês tem dessas coisas. A vontade vem, mas tem que ir embora.
Final do mês só não. Tem tantas coisas na nossa vida, que "a vontade vem, mas tem que ir" tantas coisas... tantas coisas...
Minha vontade tem vindo, mas tem ido embora. Obedieeeente (até demais).

Estou com uma música martelando em minha cabeça esse dias. E acho que música é como sonho ruim. Tem que contar, se não acaba acontecendo...


"Aqui
Eu nunca disse que iria ser
A pessoa certa pra você
Mas sou eu quem te adora
Se fico um tempo sem te procurar
É pra saudade nos aproximar
E eu já não vejo a hora

Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Ei, você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar
Não dá pra disfarçar

Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está

Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim

Aqui
Agora que você parece não ligar
Que já não pensa e já não quer pensar
Dizendo que não sente nada
Estou lembrando menos de você
Falta pouco pra me convencer
Que sou a pessoa errada."




É isso.

domingo, 25 de maio de 2008

Gostoso como um abraço

Foi um feiradinho?
Não (um coro gritando)
Foi um feriado?
Nãããããão.
(em coro de novo)
Foi um Feriadão?Nããããããããão (o coro ainda mais empolgado)
O que foi então?
FERIADAÇO!!!


Exatamente, meus caros. Esse feriado prometia, prometia muito, desde a segunda já "avisava pra que vinha" e devo lhes confessar que ele "cumpriu". Cumpriu cada promessa feita (e as não feitas também). Que delícia! Que delícia! Que delícia! (três vezes pra dar ênfase).
Não preciso (nem queria) entrar em detalhes, maaaaaaaaaaas...

Todo evento que se preza tem que ter programação e quando o indivíduo não bebe mas "sai pra tomar cachaça" (sim, por que eu não bebo, mas a vida só tem graça quando a gente "sai pra tomar cachaça") a diversão é???? Comeeeeer! Sim claro! Comer, meus caros, e comer sempre muuuuito bem acompanhado, comer com quem nós amamos (e nos ama).
Como não são poucos os que eu amo (e me amam) está explicada a minha ruptura de relações com a tal "balança".

A programação portanto é mais do que um cronograma, é um verdadeiro cardápio. Vamos a ela.

Quarta-feira 21/05/08 (claro, por que feriadão que se preza começa na noite que antecede o feriado)
Cachorro quente num canto (com direito a reclamação pela calça nova)
Rolinho de queijo, pão a vapor, sushi de salmão grelhado e califórnia com cream cheese, no outro.
Tudo isso regado a Los Angeles, coca-cola e uma companhia que me faz perder o ar de tanto que amo.

Quinta-Feira 22/05/08 (Dias das pazes)
Ravioli de queijo, molho bolonhesa ("singer, eu que fiz") queijo ralado, orégano e batata palha (por que tudo tem que ter batata palha). Teve vinho e eu bebi, bebi até demais (quem foi mesmo que disse que não bebia? rs)
O tempero do almoço foi o amor que nos une e nos separa. O amor que a gente nega e renega, mas que sempre dá sinal de vida quando olhamos nos olhos, quando as bocas simplesmente não conseguem fazer outra coisa se não selar com um beijo apaixonado o momento. O beijo que nos faz lembrar de tudo que passamos e confirma que o que sentimos. Que nos faz entender de uma vez por todas (nunca de "uma vez por todas") que não adianta tentar viver distantes, simplesmente por que não conseguiremos.

Mas acho que estávamos falando do cardápio né? Continuando...

Sexta-feira 23/05/08 (Por que tava marcado fazia tempo... só para os vips)
O bom e velho churrasco de sempre.
O tempero do churrasco foram os conselhos (pra falar verdade broncas) que recebi de "seu" Santo Amaro nosso "churrasqueiro".
Quatro grades de cerveja para umas 15 pessoas (eu disse que era só pra vips). Dessas 15 não bebiam, nem eu nem... nem... nem...nem...é só eu mesma que não bebia. rsrsrs

Sábado 24/05/08 (Continuação das pazes e início de uma nova briga)
Lasanha (nada de singer, a Sadia que fez "para uma vida mais gostosa"), batata palha (eu disse que tudo tinha que ter batata palha) e arroz (não me perguntem que espécie de ser humano mistura arroz com lasanha...rsrsrs).
A sobremesa (antes do almoço rs) foi pinha, outras daquelas que dizem "eu te amo".
O tempero foram vários tapas recebidos a cada exclamação "inocente" que eu fazia sobre um certo artista que passava na tv....rsrs e óbvio, como sempre "entre tapas e beijos" mais uma discussão sem (ou com) motivo.

O cardápio do sábado continuou.
Sorvetinho Napolitano no outro canto da cidade.
Confeitado com muita saudade, abraço apertado, risada gostosa, fafadinho lindo e cunha de igual beleza.

E o sábado "continuou continuando"....
A noite teve risole de camarão em um canto, cerveja gelada (não pra mim) e coca-cola ainda mais gelada (pra mim) no outro.
A noite do sábado é sempre nossa, sempre muito nossa (como "a praça"). Direito a F5 dos acontecimentos da vida e óbvio, riso solto, amor, saudade e empreendimentos (sim eu disse empreendimentos).
A D4 Produções e eventos ltda. está de volta, com força total. Aguardem, em breve, uma grande novidade "Tudo pode acontecer após a meia noite..."


Domingo 25/05/08 (Até Deus descansou no último dia)
Café da manhã xôxo. Almoço xôxo. Nem sei se vai rolar jantar.

Mas o importante é que está difícil desfazer o sorriso nos lábios e vai ser impossível apagar da memória as lembranças gostosas desse meu "feriadaço". Por que o paladar registrou apenas uma insignificante partícula do que o coração sentiu.
Por que eu amo todos que estão ao meu lado e me fazem sentir amada e especial. Por que minha vida (nem eu) não seria a mesma sem cada um de vocês.
Por que Deus colocou anjos (nem tão anjos assim) em minha vida responsáveis por fazer dos meus dias a união de frações de segundos mais que especiais.

E que venha a segunda-feira. Segunda feira essa que seria chata, muito chata, se meu feriado não tivesse sido tão malwee assim ("gostoso como um abraço") e se amanhã não fosse o dia do festival de carne no GBarbosa...
kkkkkkkkkkkkkkkkkk



É isso.

sábado, 24 de maio de 2008

Confusion

Não, obrigada.
Sim, por favor

Acabei de chegar.
Não vi ainda.
Digo sim.

Foi mal.
Mas eu não tive culpa.
Na verdade, não fui eu.

Não sei.
Não quero saber,
Mas não tenho raiva de quem sabe.

Quanto é?
Se eu levar dois, faz quanto?
Deixe, eu compro lá na frente.

Venha, por favor.
Traga Los Angeles.
A gente dá um jeito.

Não pude.
Eu só vi quando cheguei em casa.
Descarregou.

Juro.
Pela benção de minha mãe
A outra.

Quem?
Eu?

Se perguntarem por mim, diga que não estou.
Aliás, que eu tô no banho.
Diz que eu tô dormindo.
Melhor.
Diz que eu morri.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

E todos viveram exatos para sempre.

E quando as coisas parecem tomar um rumo, uma proporção tão grande que você não tem mais como voltar atrás? E tudo o que você fez até aqui não mudou em nada a história?

E quando você ama alguém e por milhares de motivos (família, amigos, e a maldita razão) não é possível ser feliz ao lado dele(a)?

E quando depois de muito ponderar, você descobre que o melhor é deixá-lo(a) livre, por que decididamente não tem feito bem? E para protegê-lo(a) diz "não", mas a verdade é que tem certeza que não conseguirá encontrar a felicidade em outros braços.

E quando, mesmo estando convencido que a vida dele(a) deve continuar sem você, sofre só de imaginar que ele(a) consiga realmente recomeçar e uma nova pessoa possa surgir no seu caminho?

E quando você reza pra ele(a) ligar e dizer não querer (e não saber) viver sem você, diz não aceitar o seu "não". Mas quando o telefone toca, o coração aperta por que não é o nome dele(a) que aparece no visor?

E quando tudo que você queria era dizer "Eu te amo". Mas as palavras simplesmente não podem ser ditas, por que só farão sofrer ainda mais. E ironicamente é preciso que ele(a) duvide do seu amor, para de fato (tentar) reconstruir a própria vida?

E quando todos esses questionamentos são feitos em função de alguém que não é o seu namorado(a)? Quando todo esse sofrimento é resultado do sentimento que você sente em uma relação paralela à "oficial"?

E quando você sabe que o amor da relação oficial é lindo (como é todo o amor), mas existe algo, como um imã, que faz a relação paralela ser tão gostosa, tão boa de ser vivida, imensamente especial a ponto de colocar em dúvida se realmente existe amor na primeira relação?
E aí? O que se faz?

Antes que vocês me perguntem... Não, não sou eu quem tem passado por isso. Graças a Deus! Por que só Ele (Deus) sabe o quanto tem sofrido quem por isso passa.
E eu sofro junto, por que é alguém que eu amo demais e o segredo do amor é essa coexistência e com a coexistência o co-sofrimento.

Por que me parte coração ver quem eu amo com o olhar perdido pensando o que deve decidir afinal. Maldito decidir. Por que me parte o coração ver quem eu amo chorando, chorando de amor. Maldito amor.

Alguém sabe responder por que tudo não pode ser mais simples? Por que no amor as coisas não podem ser resolvidas como na matemática, ou na lógica? Através de convenções. Todas os problemas amorosos seriam resolvidos de uma forma pré-estabelecida, como 2+2=4. Simples assim.
Seria tudo tão mais fácil, tão menos doloroso. Não só pra os personagens dessa minha história real, mas para todo o mundo. Mais fácil e menos doloroso para todos os personagens de todas as histórias de amor, inclusive daquelas que eu sou personagem (protagonista ou coadjuvante).



E vocês me perguntariam "finais felizes ou infelizes"?
ESQUEÇAM!


Finais exatos. E nada mais.


É isso.






Ps.: Adicionei um contador de visitantes no canto inferior direito da página, nomeei de "número de desocupados". Ele começou a contar a partir de 1000, pra ninguém descobrir que o negócio aqui é meio parado...rs

terça-feira, 20 de maio de 2008

domingo, 18 de maio de 2008

Vamos falar do amor

Alguém sabe o que é se sentir amado?
Eu tenho uma visão muito esteriotipada do amor. Não comungo da idéia de que o amor existe e ponto. Como se simplesmente a sua existência fosse o início e o fim, como se seu sentido começasse e findasse em si mesmo.

Não, pra mim não.

O amor tem que ser demonstrado, tem que ser expressado, tem que ser verbalizado. Pra que eu me sinta amada eu preciso disso. Preciso disso tudo. Preciso da demonstração, preciso da expressão e da verbalização (e como). E isso tudo, por que quando eu amo, eu demonstro, eu expresso e eu verbalizo

Mas eu tenho descoberto e aceitado uma nova forma de amar (de me sentir amada na verdade). Por que nem todo mundo consegue (ou acha necessário) dizer "eu te amo" todo dia. Por que nem todo mundo consegue (ou acha necessário) fazer cafuné quando a gente está com sono. Por que nem todo mundo consegue (ou acha necessário) fazer carinho no rosto, ou na mão quando se está de bobeira.

E quando não consegue (ou não acham necessário) nada disso, dizem "eu te amo" quando ligam perguntando "a cólica passou?". Dizem "eu te amo" quando aparece no trabalho com o remédio na mão e diz "vê se toma". Dizem "eu te amo" quando percorrem uma distância incrível com uma salada de frutas na mão só pra me agradar. Dizem "eu te amo" quando me esperam uma eternidade e perdoam (reclamando, mas perdoam) os meus muitos atrasos. Dizem "eu te amo" quando vão fazer o mercado do mês e compram pinha, só por que eu gosto. Dizem "eu te amo" quando mandam e-mail com a poesia que eu havia perdido e comentei (apenas comentei) que queria postar aqui no blog. Dizem "eu te amo" quando mandam mensagem de texto pedindo desculpas depois de uma briga(mesmo tendo razão). Dizem "eu te amo" quando aturam a TPM com toda paciência do mundo. Dizem "eu te amo" olham pra mim e dizem "você está linda" mesmo quando eu decididamente não estou. Dizem "eu te amo" quando ligam cedinho só pra dizer "buuu!!". Dizem "eu te amo" quando antes de decidir qualquer coisa perguntam a minha opinião. E acima de tudo dizem "eu te amo" os olhos dizem "eu te amo", quando o beijo diz "eu te amo" ou quando a própria boca diz "eu te amo".


É isso.


Ps.: Nada mais apropriado,do que amar em ideograma (símbolo chinês).

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Desobedeça


Eu desobedeço.


É isso.

sábado, 26 de abril de 2008

Surpreendente

Sentei imediatamente no computador. Não poderia deixar que as sensações se fossem. Preciso dessa emoção ainda latente, desse sentimento quente, ainda "saído do forno". Quero impregnar as palavras escritas aqui dessa emoção, assim como ainda sinto-me impregnada pelo perfume cada vez que inspiro.
Me sinto completamente extasiada. O coração acelerado, falta de ar. Uma estranha vontade de chorar. Mas não um choro de tristeza, ou dor. A vontade é de chorar uma alegria pura, uma felicidade transcendental que não consegue ser expressa por um sorriso, por mais largo e sincero que ele seja. Uma felicidade que adquire forma paupável, tangível, que explode no peito e transborda, jorrando todo sentimento liquefeito através de lágrimas, pelas "janelas da alma".
Deus nos manda presentes, dádivas, Deus nos manda anjos. A cada dia que passa estou mais certa que anjos não vestem túnica branca, não tocam harpa, nem possuem asas. Eles são tão humanos quanto nós, não vestem apenas branco, mas todas as cores e vermelho às quartas, não tocam harpa, mas cantam lindamente, não têm asas, mas possuem o incrível poder de nos fazer voar com um simples sorriso.
O nosso anjo é feito sobre medida e agraciados, por Deus, com um manual, onde consta a fórmula exata de nos fazer sentir especiais. Especiais mesmo nas situações mais improváveis.
Incrível, incomparável, inesperado, inacreditável, inesquecível.
"Apenas nos deveria surpreender o ainda podermos ser surpreendidos"
Duque La Rochefoucauld


É isso.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Miedo

"Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tienen miedo de subir y miedo de bajar
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da

El miedo en una sombra que el temor no esquiva
El miedo as una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor

Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar

Tienen miedo de reir y miedo de llorar
Tienen miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienen miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor

El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar

Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo
Medo estampado na cara ou escondido no porão
Medo circulando nas veias ou em rota de colisão
Medo é de deus ou do demo? É ordem ou é confusão?
O medo é medonho
O medo domina
O medo é a medida da indecisão
Medo de fechar a cara, medo de encarar
Medo de calar a boca, medo de escutar
Medo de passar a perna, medo de cair
Medo de fazer de conta, medo de iludir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo que dá medo do medo que dá
Medo que dá medo do medo que dá."

É isso.

sábado, 19 de abril de 2008

E agora?

Que engraçado, ontem me surpreendi pensando mais uma vez em minha vida.
Me peguei me perguntando "o que eu faço?" Fazia tempo que eu não me perguntava isso. Na verdade, fazia tempo que eu não me perguntava nada. Apenas seguia. Permitindo que os a sucessão dos fatos se desse de forma natural, tranquila e voluntária (ou a sucessão natural, tranquila e voluntária dos fatos permitiram que eu não me perguntasse nada).
Enfim, a verdade é que eu parei tudo, fiquei sozinha (não tinha outra escolha) e me perguntei. "O QUE EU FAÇO?" Querem saber a resposta?
Eu também quero.
Pensei, ponderei, calculei, refleti, analisei e... e... e...E nada.


É isso.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Tudo o que quer de mim

"É só isso
Não tem mais jeito
Acabou, boa sorte
Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará

Tudo o que quer me dar
É demais, É pesado Não há paz
Tudo o que quer de mim
Irreais, Expectativas Desleais

Mesmo, se segure
Quero que se cure
Dessa pessoa
Que o aconselha
Há um desencontro
Veja por esse ponto
Há tantas pessoas especiais

Tudo o que quer me dar /Everything you want to give me
É demais / It's too much
É pesado / It's heavy
Não há paz / There is no peace
Tudo o que quer de mim / All you want from me
Irreais/ isn't real
Expectativas / Expectations
Desleais

Now we're Falling
Falling, falling into the night
Um bom encontro é de dois"









É isso
Ps.: Meu amigo Blogueiro, disse muitas coisas que eu gostaria ter dito. Passamos por momentos parecidos. Clique AQUI para ler o post dele.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Por isso não provoque


Eu nunca acreditei nessa história de TPM. Sempre achei "coisinha de mulher fresca". Não gosto de rótulos, não gosto dos esteriótipos, nem para os outros, gosto menos ainda deles, quando são pra mim. E "mulher fresca de TPM" seria (e é) um título caricaturado demais para me vestir.

Mas o que fazer quando sem mais nem menos sua mãe te pergunta, depois de uma resposta que você considerou inteiramente cabível para o momento "ESTÁ PERTO DE CHEGAR NÉ?"? E essa pergunta te irrita ainda mais.

O que fazer quando as pessoas mais especiais do mundo, como num passe de mágica, se tornam chatas e irritantes? Ou quando o seu cabelo parece ter declarado guerra e apesar de estar do mesmo jeito de sempre, não está (decididamente não está) do jeito que você quer?

No primeiro mês eu duvidei, eu relutei "TPM não é coisa pra mim". Mas aí, no segundo mês, você briga com um, vc tem vontade de matar outro, você xinga mais um ali, você não acha graça da sua piada preferida, e ouvir a canção que você sempre cantarolou baixinho faz sangrar os ouvidos.

Aí não tem jeito. A solução é assumir, bater no peito e dizer "Eu tenho tpm". Mas sem o "e daí?". Tem que aproveitar os (poucos) momentos de sanidade e avisar. "Desculpa viu? Eu tô meio chata, mas vai passar" Meio???? Meio chata???

Felizmente passa, sempre passa. Felizmente as pessoas me amam demais. Felizmente eu não matei ninguém num surto psicótico(ainda). Felizmente mês que vem tem de novo. Felizmente eu tenho um útero. Felizmente eu nasci mulher.



"Por isso não provoque. É cor de rosa choque."



É isso.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Verdade


Meu último post gerou tantos comentários (virtuais e reais) que achei de bom tom colocar aqui uma explicação. Farei uso do meu direito a tréplica. Afinal não consegui ser clara (sem trocadilho) o suficiente.

É óbvio que existem momentos (e pessoas) que retiram de mim a verdade e apenas a verdade (nada mais que a verdade).

Retiram a minha verdade mais pura, mais sincera e (as vezes) mais cruel. Por mais dura que essa verdade seja, com essas pessoas, em especial, tenho mais do que abertura para falar, tenho a obrigação.

Mas enfim fiquemos com o mestre Drummond.

VERDADE
"A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta.
Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar.
Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia."

Carlos Drummond de Andrade
É isso.


Ps.: Queria colocar outro texto de Drummond aqui, mas achei meio impróprio :-)

domingo, 6 de abril de 2008

"Mentiras sinceras me interessam"

Eu tenho o costume de falar o que as pessoas querem ouvir. Sempre fui assim. Não por maldade, mas por um instinto involuntário, algo automático que quando eu menos espero... ups. Falei.
E isso acontecem tanto na esfera macro, quanto na micro. Desde elogiar uma roupa que eu não achei bonita (não achei mesmo). A ajudar alguém a tomar uma decisão que eu decididamente não tomaria, mas enxergo nos olhos desse alguém a súplica silenciosa por apoio àquele decisão que só ela acredita (só ela e mais ninguém).
Analisando de forma fria, essa postura chega a ser prejudicial. Mas não necessariamente errada(ao menos, a minha consciência não acusa como tal). A verdade é que no íntimo o ser humano não espera, não quer e não está preparado para ouvir, de nós, a verdade (mesmo aqueles de discurso pro-sinceridade).
Nos casos macro e micro que eu citei lá em cima a intenção são distintas, mas no fundo atingem a mesma questão. Vejamos. No caso dos elogios imagine você que alguém abriu o armário e escolheu uma roupa. Vestiu, olhou-se no espelho e disse "ficou bonito, estou pronto(a)". Poxa vida, essa pessoa espera que o mundo repare nela, espera que as pessoas a elogiem e eu o faço. De nada vai adiantar eu dizer a ela "ai, acho que não ficou legal essa camisa listrada verde cana e rosa choque, com essa calça de bolinhas vermelhas e azuis". De que isso vai me adiantar? ABSOLUTAMENTE DE NADA. Eu aprendi com o tempo que nem tudo precisa ser dito .Só vou ferir, magoar e constranger. Ela não vai voltar em casa pra colocar uma calça jeans e uma blusa branca, porque ela acredita naquilo e acredita nela.
No fundo essa minha atitude reflete exatamente o que eu espero das pessoas. Como diria o poeta (de credibilidade moral duvidosa) Cazuza "mentiras sinceras me interessam". Me interessam e interessam muito.
Perguntem-me "Magalí, uma verdade que doa ou uma mentira que agrade?" e eu responderei sem se quer piscar que a segunda tocará sempre mais forte no meu coração.
Isso é fruto de uma série de defeitos, insegurança, necessidade de agradar, medo, enfim muitos outros.
Gostam que me digam que acham que eu devo fazer o que eu realmente quero fazer. Que eu devo comprar aquilo que eu já queria comprar, que eu devo vestir o que queria vestir. Adoram que digam que eu estou mais magra, mesmo quando eu engordei, ou que meu cabelo está bonito, mesmo quando não está.
Tenho que levar isso pra análise, não me parece normal. Mas como diria Caetano "de perto, ninguém é normal".
É isso.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Fazer Amor

Inspirada em um texto de Luís Fernando Veríssimo, postado por um grande amigo, achei pertinente aproveitar a atmosfera de luxúria que paira no ar.
Recebi esse texto por e-mail e resolvi compartilhar.

"Fazer amor é coisa séria demais...

Não basta um corpo e outro corpo, misturados num desejo insosso, desses que dão feito fome trivial, nascida da gula descuidada, aplacada sem zelo, sem composturas, sem respeito, atendendo exclusivamente a voracidade do apetite.

Fazer amor é percorrer as trilhas da alma, uma alma tateando outra alma, desvendando véus, descobrindo profundezas, penetrando nos escondidos, sem pressa com delicadeza... porque alma tem tessitura de cristal, deve ser tocada nas levezas, apalpada com amaciamentos... até que o corpo descubra cada uma das suas funções.

Quando a descoberta acontece é que o ato de amor começa.

As mãos deslizam sobre as curvas, como se tocando nuvens, a boca vai acordando e retirando gostos, provocando os sabores, bebendo a seiva que jorra das nascentes, escorrendo em dons, é o côncavo e o convexo em amorosa conjunção.

Fazer amor é Ressurreição.

É nascer de novo: no abraço que aperta sem sufocamentos no beijo que cala a sede gritante, na escalada dos degraus celestiais que levam ao gozo.
Vale chorar, vale gemer... vale gritar, porque ai já se chegou ao paraíso, e qualquer som ha de sair melódico e afinado, seja grave, agudo, pianinho... há de ser sempre o acorde faltante quando amantes iniciam o milagre do encontro.
Corpos se ajustaram, almas matizaram...

Fez-se o Êxtase...

É o instante da paz... é a escritura da serenidade !
E os amantes em assunção pisam eternidades."



É isso.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Me desconheço

Essa poesia eu escrevi há cerca de dois anos atrás. Gosto muito dela. Foi escrita em um momento intenso da vida (e põe intenso nisso). A verdade é que depois desse momento eu nunca mais fui a mesma. Nunca mais.


Me Desconheço

Me desconheço
Me esqueço
Me viro pelo avesso
Descubro que tudo tem um começo
E que se apaixonar tem seu preço.

No peito não apenas o amor
Não apenas uma dor
Mas também esse calor
Da fornalha da paixão
Queimando o que é lógico
E o que é ilusão

Cegando os olhos
Que dizem que não
Tomando a mente
Inebriando a razão.
Não sei mais o que é certo
O que é sim
E o que é não.

Quem dera
Que meus dias de espera,
Não findassem em mera melancolia
E que a covardia
Que me enche e esvazia
Não fosse um dia
A única companhia
Do meu recomeço

Me Conheço
Me esqueço
Me viro pelo avesso
Descubro que tudo tem um começo
E que se apaixonar tem seu preço.
Me conheço


É isso

sábado, 29 de março de 2008

Os dois filhos de Francisca

Faz tempo que não dou o ar da graça. Faz tempo que não passo por aqui. E isso não me faz bem. Pior. Isso me faz mal, muito mal.
O "um gole só" é mais do que um blog pra mim, mais do que um filho. Ele é muito mais do que falar das coisas que aconteceram dentro e fora da minha vida, é mais do que um espaço pra falar do que eu sinto, do que eu penso, do que eu decido, do que eu faço ou do que eu deixo de fazer.
Eu sempre usei a escrita como forma de transformar em algo visível o que não pode ser visto. Mesmo que apenas no papel. É isso que a escrita faz não é? Transforma todas as formas de sentimento possíveis em risco no papel. A revolta, a raiva, a indignação, a saudade, o arrependimento, a dor, a tristeza, a alegria, a perda, o amor. Foi isso o que eu sempre fiz e sempre fiz através da poesia.
Poucos amigos (quase nenhum) sabem que eu tenho algumas poesias escritas. Eu gosto do que eu escrevo. Gosto delas. Gosto das rimas, do que dizem. Da forma que dizem. Gosto da forma que elas se expressam em meu lugar. Mas não gosto que ninguém as leias, elas foram escritas por mim e para mim, mesmo que falem de outras pessoas.
Mas poesia é diferente de um blog. Nelas você precisa usar, além do simples sentir, o pensar. Não pensar de forma aleatória e involuntária, mas de forma lógica, quase matemática. Por que tem que rimar, tem que arrumar, tem que ficar bonitinho, tem que ter sonoridade, tem que ter verso mesmo e isso não é fácil.
Não pensem que eu sou a maior poetiza do universo. Sou nada! Só estou falando do que eu acho a respeito da poesia, só isso. E estou tentado fazer é um paralelo em relação ao blog.
Aqui é diferente, óbvio que é necessário pensar, mas não preciso me preocupar com nada. Apenas em dizer. O português (arranhado) é o meu idioma e é tudo que eu preciso.
Aqui, de frente pra tela do meu computador, é só pensar no que dizer e dizer, assim. Os dedos são obrigados a ser tão velozes como o meu pensamento.
Os dois filhos (meu blog e minhas poesias) têm lugar especial no meu coração, cada um com sua individualidade. Assim como todas as mães do mundo devo dizer que amo os dois da mesma forma mas...(é nesse "mas" que todas as mães se entregam, assim como eu vou me entregar) o blog tem um poder de me desnudar. E mais do que isso é ele quem me ajuda a entender a minha própria vida.
Estranho isso né? Me pego diversas vezes dizendo "Eu disse no meu blog que eu sou..." ou "eu tenho mania de... e até falei isso no meu blog" e é ali, naquele momento que percebo que eu não tinha me dado conta "que eu era ..." ou "eu tinha mania de..." até escrever isso aqui no "um gole só".
A sensação que eu tenho é que ao organizar, sistematizar as milhares de coisas que passam em minha cabeça para escrever aqui de uma forma capaz de me fazer ser entendida por quem aqui parar para tomar "um gole só", eu também consigo me fazer entendida para mim mesma.


Estou em um momento bom em minha vida. E estou achando engraçado como minha vida é mutante (e descobri isso aqui também). Como ela se transforma assim... de um dia pra outro. Num dia é um "sim" pra alguém, no outro esse mesmo alguém te diz um "não". Outro eu estou feliz, imensamente feliz e no outro é uma tristeza que não tem mais fim.
Hoje estou feliz, imensamente feliz. Reconstruindo, minha vida (em muitos sentidos). Reconstruindo de forma diferente "aprendendo com os erros e me orgulhando dos acertos". Que seja diferente. E vai ser. :-)


É isso.

terça-feira, 25 de março de 2008

sexta-feira, 21 de março de 2008

Cala a boca Nietzsche!

Hoje é Sexta-Feira Santa, ontem foi Quinta Feira Santa. A quarta foi Santa? A terça feira foi santa? E segunda? Ah! foi santa também. Tem que ter sido.
Se é Semana Santa, tem que ser inteira, tem que santificar tudo. Ou então está errado, vamos ter que mudar o nome, vai se chamar Final de Semana Santo.

Por favor, não me entendam mal, não estou blasfemando não. É que eu estou começando levar as palavras muito a sério(mais a sério). As palavras pra mim terão força de lei, o que for dito, tem que ser cumprido. Não só as palavras, mas todos conceitos originados delas. Aqueles conceitos derivados da união de cada uma delas, acrescentados de todos os sinais ortográficos possíveis, vírgulas, pontos, reticências, acentos, aspas, enfim, todos eles.

Segundo Nietzsche a palavra não é mais do que uma representação sonora de uma excitação cerebral, para ele existe um abismo entre o que sentimos e a linguagem e entende a verdade como possuidora de um de caráter social , convencional.
Entenderam? Não? Pode deixar eu explico. Se Clarice me conhece desde pequena, eu conheço Friedrich Nietzsche muito, mas muito antes dele nascer.
O que (meu) Nietzsche quis dizer (quis dizer não, Nietzsche não quer dizer, ele diz) é que as palavras são convenções criadas pela humanidade para representar o que nós vemos, o que nos tocamos, o que nós sentimos, mas elas não são em si o que denominam. Elas não atingem, não alcançam a essência das coisas, elas não são a verdade (entenda-se verdade em seu sentido mais amplo).

Eu concordo com ele, mas com todo respeito que eu tenho ao grande mestre... Dane-se (não ele, mas a teoria). Não quero mais isso pra mim. Vou fingir que não sei disso, melhor, vou fingir que não acredito em nada disso. A partir de hoje a palavra pra mim é a verdade, a verdade absoluta, incontestável. A palavra pra mim vai ter força de lei, e lei suprema, constitucional.

CALA BOCA NIETZSCHE! VOCÊ NÃO SABE DE NADA.

A partir de hoje se alguém me disser "A", eu vou entender "A" e mais nada. Não me interessa o que a pessoa pensa, o que ela sente, o que ela quer dizer de fato e muito menos o que ela quer que eu entenda. É "A"??? Então tá ótimo! É "A".

Sim Magalí... e se alguém disser "B"? Ora bolas!! Não está óbvio? Se disser "B", é "B". Assim como se disser "C", ou "D" ou o alfabeto inteirinho.

A técnica agora vai ser "viver e internalizar" o que eu digo e o que eu ouço [PONTO] e "esquecer e externalizar" o que eu sinto. Por que, me parece, que ilogicamente o mundo espera isso de nós (principalmente de mim). Espera que internalizemos o que não é real, o que é pura e mera convenção (a palavra) e que externemos (pra a lata do lixo de preferência) o que é real, o que existe e o que é sentido (a verdade).

Pra mim está combinado, fiquemos com a palavra e joguemos a verdade fora.

Vai ser assim mesmo e eu não vou mudar. Eu dou a minha palavra. Não. A minha palavra não. Dou a minha verdade.

"CONHECEREIS A VERDADE E ELA VOS LIBERTARÁ." (Jo, 8:32)



É isso.



Ps.: Eu preciso muito mais do que um uno, e queria muito mais do que simplesmente te levar pra dar um rolé.

terça-feira, 18 de março de 2008

domingo, 16 de março de 2008

Solar




"Eu quero o pensar-sentir hoje e não tê-lo apenas tido ontem ou ir tê-lo amanhã.
Tenho certa pressa em sentir tudo. Quero alcançar dentro de mim uma paisagem
assim profundamente embaixo da terra, um lençol d´águas plácidas correndo - e a
alma extasiada que não se controla e estremece em levíssimo orgasmo. A pura
contemplação." Clarice Lispector

Depois desse trecho, fica ainda mais difícil duvidar que ela realmente me conhece desde pequena.


Eu não só quero, como tenho nesse momento vivido o "pensar-sentir hoje" que Clarice se refere e me sinto muito bem com isso. A sensação é exatamente essa de "alma extasiada que não se controla e estremece em levíssimo orgasmo" (nem quero saber de conversar rs).
Se há dentro de mim "uma paisagem assim profundamente embaixo da terra, um lençol d'águas plácidas correndo" eu não sei, mas enquanto ainda não achei no meu interior essa paisagem tão sublime, resolvi tentar encontrá-la fora de mim, e sabia exatamente onde encontrar.


Há algum tempo atrás passei por um momento bastante delicado da minha vida. Num desses dias de momentos de pouco raciocínio e muita confusão mental, espiritual e emocional, estava eu voltando do centro da cidade pra casa, passei em frente à uma placa que dizia "SOLAR DO UNHÃO" involuntariamente entrei. Assim. Simplesmente assim. Seguia em direção a minha casa, vi a placa e entrei.
Desci a ladeira com o carro sem saber exatamente, onde eu estava, para onde eu estava indo, e o que exatamente eu estava indo fazer ali. Me deparei com uma vista privilegiada da Baía de todos os Santos (encantos e axé). Como que numa espécie de transe, estacionei o carro, desci lentamente, sentei em um batente e fiquei ali. Parada, enfeitiçada. Como uma espécie de encanto. Pensei em mim, em minha vida, em tudo. Depois de muitas horas (não me perguntes quantas) entrei novamente no carro e voltei "ao normal".


Aquilo foi mágico de uma forma que até hoje guardo e revivo exatamente a mesma sensação todas as vezes que volto ao Solar do Unhão. Quando entro lá é como se eu estivesse entrando daquela minha primeira vez. E diante da mesma vista de todas as vezes, tenho o mesmo sentimento de descoberta daquela tarde.
Ontem eu fui lá. Delicioso.

É o lugar perfeito pra absolutamente tudo.
Pra pensar (e repensar) a vida, pra pensar em alguém especial, pra tomar decisões, pra colocar a conversa em dia, pra discutir assunto mal resolvidos, pra matar a saudade, pra ouvir música, pra fazer silêncio, pra perceber o quanto vc ama quem está te fazendo companhia ali naquele lugar, naquele momento, e perceber o quanto é feliz por ter alguém assim na sua vida, pra lembrar de novo de alguém especial, e lembrar de novo e de novo e de novo.

O Solar do Unhão é um lugar onde os corações aflitos encontram a paz e os enamorados saem de lá com flores, sinos, perfume, estrelas e sorrisos.
O Solar do Unhão exerce sobre mim uma magia difícil de explicar.


Pra completar a noite encontrei meus dois amorecos (Aline e Gu). Saimos e fizemos o que nós fazemos todas as noites. "Tentar dominar o mundo"???? Não. Comer Mc melt rsrsrs
"Amo muito tudo isso"


É isso.



Ps.: Vocês lembram a foto de um pôr do sol que eu coloquei no primeiro post? Achei no google. A foto lá em cima foi tirada lá, ontem do meu celular, muuuuuuuuuuuito mais lindo. Devo falar novamente desse cartão postal, em breve, afinal existe uma promessa a ser cumprida.
"E se quiser saber pra onde eu vou... Pra onde tenha sol. É pra lá que eu vou."