domingo, 21 de setembro de 2008

Meus amigos

Existem textos que eu gostaria de ter escrito. E muitas vezes me pergunto se de fato eu nao os escrevi.
Penso ainda que se não foram escritos por mim, de certo, seria um imenso prazer conhecer e conversar com seus autores. Entender suas vidas, ouvir suas histórias e contar as minhas.

O texto abaixo é um desses. É de Marcos Lara Resende. Lá vai...

"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Pena, não tenho nem de mim mesmo, e risada, só ofereço ao acaso.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto;
e velhos, para que nunca tenham pressa.

Tenho amigos para saber quem eu sou,
pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos,
nunca me esquecerei de que "normalidade"
É UMA ILUSÃO IMBECIL E ESTÉRIL."

É isso.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito sincero teu blog, viu Magali? Gostei do que li, porque revela uma busca por algo maior!
"Tenho amigos para saber quem sou": perfeito!
Beijo! :)