sábado, 30 de maio de 2009

Eu Retiro



GOTEIRA
CHATA DO CARALHO!


É isso.


Ps.: O primeiro palavrão do blog. Desculpa, mas era inteiramente necessário.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Juro que não era

Continuo em "Teus olhos" (inacreditável seria não continuar).
A música é realmente muito bonita, o arranjo é incrível, as interpretações dispensam comentários e/ou elogios.
Mas agora falo em outro tom...
Falando ao telefone disse "Escuta essa música é linda".
A frase foi construída no cérebro de forma inteiramente desinteressada e despreendida de qualquer tipo de romantismo. Tratava-se unicamente de uma sugestão musical e mais nada. Surpreendentemente no momento da propagação do som, as palavras adquiriram outro tom - afinal algo como "Teus olhos abrem pra mim todos os encantos" não consegueria estar presente em diálogo algum sem atribuir a este, alto índice passional.
Diante da sensação, me vi obrigada a dizer de forma firme e clara:
- A música não é pra você, só queria que você escutasse.
- Não é pra mim?
- Não! - Ainda mais firme.
- Não é, né?
- Não. - O mais firme e convicta que eu pude ser.
- Então tá.

Nem escutou a música direito, tava horrível o áúdio, além do mais nem era nada demais, era só pra escutar, nem era pra ... Enfim...não se importaria em escutar mesmo se fosse.

Conversamos mais um pouco e depois da conversa, algo parecia estar errado. O "não é pra você" custava a ser digerido. Não. Não é mesmo. Não é. Não era. Juro que não era.

De repente os versos da música pareciam tão claramente encaixados no contexto. E o mais engraçado é que, apesar de muito romântica, a idéia não tem nenhum romantismo. No fundo Teus olhos realmente abrem pra mim todos os encantos, mas de uma forma muito além dos corações, dos anjinhos, dos sinos e das flores. Abrem todos encantos bons de forma companheira mesmo.
Não falo de romance, falo de amor. Não o amor de Romeu e Julieta, do Mickey e da Minnie, da Olívia e do Popeye. Não.
Falo do amor entre Batman e Robin, entre Cascão e o cebolinha, a Raposa e o Pequeno Príncipe e tantas vezes (e bote "tantas" nisso) o amor entre Tom e Jerry.

Nem sei por que estou escrevendo essas coisas, nem estamos nas melhores das nossas fases, mas acho que esse meu entendimento independe (e sempre) independerá da fase em que estivermos.
Teus olhos abrem pra mim todos os encantos... abrem mesmo.
Há alguns dias falávamos sobre relacionamentos que fazem de nós pessoas melhores... Acho que esse verso representa um pouco disso. O nosso eterno "não-relacionamento" faz de mim alguém melhor (muito melhor) e me impulsiona pra cima (ou pra frente, depende da perspectiva - apesar de achar que norte-sul é muito melhor do que leste-oeste).

Não prentendo me alongar, só senti vontade de escrever e escrevi - antes que a gente brigue outra vez.
A música não era pra você... Juro que não era.
Mas agora é.
É isso.

domingo, 24 de maio de 2009

Recreio

Estava pensando no título dessa postagem e de repente me veio a idéia que, de certa forma, os momentos de música, são como um momento de intervalo. Quando não aguentamos mais aquela aula chata e a sirene toca.
É hora de ir ao "pátio", enfrentar a fila da "cantina", brincar de "pega-pega" (sem reforma ortográfica) e toda a delícia aguardada e guardada para nós nos minutinhos do recreio.
A partir de agora, aqui no UM GOLE SÓ, vai ser assim. Os minutos de música serão chamados de recreio, mas sem pátio, sem sirene, sem cantina, muito menos pega-pega. Mas com o mesmo prazer que aqueles momentos nos proporcionavam.
Apreciem sem moderação.




É isso.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Espelho

A vida é mesmo uma grande ironia... Uma grande peça que Deus nos prega.

Sempre ouvimos aquela velha história, que as pessoas não são quem pensamos, que nós podemos nos surpreender a qualquer momento ao descobrir coisas sobre elas ou que de uma hora pra outra, quem mais amamos agem de um forma que nunca poderíamos imaginar.
Pois é...

Depois de tantos anos tendo certeza que conhecia uma pessoa, alguém que eu amo muito, do jeito que é, com seus defeitos e qualidades, com suas limitações e superações, vivendo na certeza de saber quem ela era, como agiria, como reagiria. Depois de achar que a conhecia como a palma da minha mão, depois de achar que nenhuma atitude me surpreenderia e que nenhuma informação sobre ela seria nova ou inesperada. Só agora, depois de tantas certezas (e a confortável segurança que as certezas nos concede), descobri que nada sei sobre ela. E isso me deu medo.


Hoje, eu espero dessa pessoa absolutamente tudo (ou prefiro tentar não esperar nada). Conheço seus valores e príncipios e acredito que no limites desses ela é capaz de coisas inesperadas (ao menos por mim).

Surpreendente. Acho que essa é a palavra certa.

Ela tem se mostrado pra mim tão supreendente que a linearidade apresentada por tanto é apenas uma vaga lembrança do que ela foi pra mim.

Descobri que ela tem uma incrível força e coragem. A inquietação do tolos e dos vitoriosos. A vontade de "mover-se" sempre, basta querer (ou não querer algo).
Tem certeza que não basta sonhar, por isso mesmo, sonha alto e corre (nunca atrás) para tornar realidade. E incrivelmente, ela é assim em todos os âmbitos de sua vida. Se ama, ama muito e se lança e tenta e vai. Se trabalha, trabalha muito e pensa alto e e tenta e vai, se vive, vive muito e arregaça as mangas e tenta e vai.
Tenho orgulho e muito medo dela. Não sei do que ela capaz, não sei onde ela pode chegar, nem mesmo se vai chegar. Mas sei que ela vai.
Uma grande amiga e mestra me mostrou um texto que só, depois de horas, à noite, deitada na cama, eu me dei conta o quanto mostrava o que essa pessoa sentia e de certa forma, me culpei por durante todo esse tempo não ter me dado conta disso.

Eduardo Giannetti, citação do livro "Auto-Engano":
"Sonhar e acreditar
no sonho são o sal da vida.
Não há nada de errado, em princípio, em apostar
alto na vida privada ou na vida pública, correr o risco no amor, na política, na
arte, nos negócios ou no que for o caso.
O comportamento exploratório, ousar o novo, tentar o não tentado, pensar o
impensável, é a fonte de toda a mudança, de todo o avanço e da ambição
individual e coletiva de viver melhor.
Viver na retranca, sem esperança e
sem aventura, não leva ao desastre é verdade, mas também não leva a nada.
Pior: leva ao nada da resignação amarga que é a morte em vida – o niilismo
entediado, inerte e absurdo do ‘cadáver adiado que procria’".

De fato, ao ler Eduardo Giannetti, percebo que essa pessoa tem razão "Viver na retranca, sem esperança e sem aventura, não leva ao desastre é verdade, mas também não leva a nada."
Ao acordar hoje a primeira coisa que me veio a cabeça foi a sensação maravilhosa de entender e conhecer um pouco mais esse alguém. Sai da cama, tomei um banho, escovei os dentes.

Diante do espelho sorri. Do outro lado do espelho, a pessoa, até a noite anterior tão indefinível, retribuiu o meu sorriso como quem enfim havia sido compreendida.
Desejo sorte a ela. A nós duas.

É isso.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Minha Preciosidade

Pretinhosidade
Mart'nália
Composição: Mart'nalia e Mombaça


Sim!
Você sabe de mim
Quando eu não tô afim
Quando eu só quero brincar
Não! Sim!
Mesmo que eu diga não
Você não me desdiz
Mas me chama atenção...

Vamos lavar
Toda a roupa suja
E mergulhar de cabeça
Nos armários da ilusão
Riscos vem à tona
E eu pareço um otário
Como você que é uma pedra
Em meu caminho...

Minha pedra preciosa
Minha preciosidade
Minha preciosa idade
Minha presa
Minha fé silenciosa
Meu atalho, meu destino
Minha pretinhosidade
Minha festa!...
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Minha pedra preciosa
Minha preciosidade
Minha preciosa idade
Minha presa
Minha fé silenciosa
Meu atalho, meu destino
Minha pretinhosidade
Minha festa!
Minha festa!
Eh!Minha seta!
Minha flecha!



É isso.