sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Pula...
domingo, 24 de agosto de 2008
domingo, 17 de agosto de 2008
Devaneio meu
Então...
Ontem eu conversava com um amigo (mais que amigo), via msn, e no meio da nossa conversa ele disse "Amiga, o que você tem? Está tão baixo astral!", eu respondi um seco "nada não" e foi naquele exato momento que eu percebi que não sou tão boa atriz quanto eu penso ser.
Algumas fatos acontecem em nossa vida pra nos fazer repensar determinadas coisas e perceber que nós não somos imbatíveis, que nós não somos inquebráveis. Nos ensinam a viver, ensinam a ser menos.
Devemos nos doar menos, nos entregar menos, mergulhar menos, acreditar menos e viver menos. Sempre menos. E essa "matemática do menos" deve ser levada ainda mais a sério, quando a única coisa que se tem de "mais" em nossas mãos é uma carência sem fim.
Sai ontem a noite como quem quer engolir o mundo em um único gole, em "um gole só" - na verdade tenho feito isso nos últimos dias - e depois de cada gole percebo que minha boca ainda está com um gosto amargo demais pra saborear o mundo.
Ontem, em especial, percebi que existe muito mais no mundo do que apenas eu e o meu infinito particular ferido. Por essa razão (e muitas outras) eu não tenho o direito de, na tentativa de engolir o mundo, levar pra quem no mundo está, o mesmo sofrimento e a mesma dor que em mim não cabe mais.
Foi aí que, hoje, em minha cama, lembrando da noite de ontem - e dos acontecimentos das últimas semanas - abri meus olhos (no sentido literal e figurado). Sentei na cama, peguei o celular no intuito de realizar duas ligações telefônicas. A primeira foi feita.
Pra realização da segunda faltou coragem, faltou a mesma coragem que determinou qual seria a ordem das duas chamadas. Diante da minha dupla covardia e da inexistência de um terceiro, quarto ou quinto número que me fizessem postergar (ainda mais) a minha ligação levantei da cama e vim ao computador. Aqui sim eu sou valente.
Mas a verdade é que tem sido necessário ser duas pessoas. Uma que anda "tão à flor da pele, que qualquer beijo de novela me faz chorar" de Zeca Baleiro e outra que diz "já não sinto amor, nem dor. Já não sinto nada" Arnaldo Antunes. E no meio dessa loucura de personalidades não consigo reconhecer a Magalí que eu realmente sou em nenhuma dessas personagens que se apresentam.
É a primeira Magalí que alimenta a segunda. É a primeira - depois de ter o ego agredido, depois de se sentir diminuida, magoada, sofrida, ferida - que chama a segunda Magalí e sai de cena.
Quem dera se a segunda estivesse sempre ao meu lado. Quem dera se depois de se encher de raiva, depois de dizer, gritar, ofender, machucar, magoar, de "se vingar a qualquer preço, te adorando pelo avesso" (como diria Chico Buarque) ela não saisse de fininho, me deixando sozinha, num canto com a Magalí "à flor da pele".
Ontem a tarde, em um dos meus muitos momentos Arnaldo Antunes, meu irmão - cujo ombro tem servido de amparo para cada gota de lágrimas derramadas nesses dias e que tem sido "a escada na minha subida" - acabou sendo (de certa forma) a escada na minha descida e trouxe à tona a Magalí Zeca Baleiro. Ele me mostrou uma música de Jorge Vercilo que me fez compreender absolutamente tudo. Tudo que se passa e se passou comigo.
O nome da música é Devaneio e me fez chorar feito criança, feito "menina pequena". Chorar não por ninguém, nem mesmo por mim. Um choro diferente de todos os outros. A letra, o arranjo e a interpretação me fizeram entrar em um nível de entendimento que talvez eu demorasse anos pra alcançar.
Não há culpados, não há vítimas. Há apenas sentimentos não equivalentes. E onde não há equivalência o conflito existirá.
É um estranho jogo, onde seu companheiro de equipe é também adversário e jogar certo não significa necessariamente, saber jogar. Nesse jogo, perderá, não quem jogar pior, mas quem jogar sozinho.
Eu joguei sozinha e perdi de goleada.
Eu e essa minha mania de apostar todas as fichas em única rodada. Essa minha mania de fazer, planos, de imaginar coisas, de construir um futuro dentro de mim e esperar que ele aconteça fora. Ninguém é obrigado a realizar os sonhos que são meus. Ninguém.
Eu e essa minha mania de pular de cabeça em uma poça d'água. Eu e essa minha mania de largar o escudo e a armadura antes de ir pra guerra. Por que o amor é uma guerra e quem estiver mais protegido... (eu ia dizer vence, mas acho que quando o final existe não há vencedor. Apenas dois derrotados, um mais, outro menos ferido.)
Felizmente todos sobrevivem, mas não de todo. Nessa guerra algo em mim morreu. Morreu a irresponsabilidade, a inconsequência que é típica da paixão. Morreu o hábito de fechar os olhos e me lançar, esperando que o outro me segurasse, como naquela brincadeira de criança (afinal tenho apenas 23 anos e "faço valer a idade que eu tenho"). O amor não é um jogo pra crianças. É brincadeira de adulto, de "gente grande" e o que chamam de maturidade para se envolver pode (e deve) ser lido como "não se envolver".
Me vi passando essa "corrente do mal" ontem. Me vi brincando de ser adulta e não gostei do que vi. "Adultos" não podem brincar com "crianças", assim o jogo não é justo, a balança não está equilibrida. Adultos devem procurar adultos e crianças devem procurar crianças.
Descobrir isso a tempo, me fez sentir melhor (ou menos pior). Não tenho obrigação de corresponder o sentimento de ninguém, mas é dever meu respeitar e ao menos ser grata pelo sentimento que qualquer um "criança" ou "adulto" nutrem por mim. Se eu não estou na mesma sintonia, não brincar com os sentimentos do outro é atitude senão de amor, de gratidão e é o mínimo que eu posso oferecer e meu real e único dever. "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".
Aproveitando a proximidade do período eleitoral. Me faço algumas promessas.
Prometo ser a última vez que esse assunto é mencionado aqui (e em qualquer outro lugar). Prometo ser diferente. Prometo amadurecer. Prometo um "epitáfio" às avesssas. Prometo me permitir menos, me envolver menos, me lançar menos, me entregar menos até o dia em que encontrar alguém que aceite o meu amor imaturo, entregue, quase suicída e me mostre que ao seu lado eu posso ser mais.
Estou indo pra rua agora e não pretendo mais engolir o mundo em um gole só. Não tenho pressa. Tudo passa.
É isso.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Enfim...
Não Vale A Pena
Ficou difícil
Maria Rita
Tudo aquilo, nada disso
Sobrou meu velho vício de sonhar
Pular de precipício em precipício
Ossos do ofício
Pagar pra ver o invisível
E depois enxergar
Que é uma pena
Mas você não vale a pena
Não vale uma fisgada dessa dor
Não cabe como rima de um poema
De tão pequeno
Mas vai e vem e envenena
E me condena ao rancor
De repente, cai o nível
E eu me sinto uma imbecil
Repetindo, repetindo, repetindo
Como num disco riscado
O velho texto batido
Dos amantes mal-amados
Dos amores mal-vividos
E o terror de ser deixada
Cutucando, relembrando, reabrindo
A mesma velha ferida
E é pra não ter recaída
Que não me deixo esquecer
Que é uma pena
Mas você não vale a pena.
É isso.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Adoro ver-te
Menino do Rio
Caetano Veloso
Menino do Rio (um sotaque gostooooso)
Calor que provoca arrepio
Dragão tatuado no braço ("eu odeio tatuagem"..rsrs)
Calção corpo aberto no espaço
Coração, de eterno flerte
Adoro ver-te...
Menino vadio
Tensão flutuante do Rio
Eu canto prá Deus Proteger-te...
O Hawaí, seja aqui
Tudo o que sonhares
Todos os lugares
As ondas dos mares ("ê baiana esse lugar é lindo")
Pois quando eu te vejo
Eu desejo o teu desejo...
Menino do Rio
Calor que provoca arrepio
Toma esta canção
Como um beijo... ("uau")
Menino do Rio
Calor que provoca arrepio
Dragão tatuado no braço
Calção corpo aberto no espaço
Coração, de eterno flerte
Adoro ver-te...
Menino vadio
Tensão flutuante do Rio
Eu canto prá Deus Proteger-te...
O Hawaí, seja aqui
Tudo o que sonhares
Todos os lugares
As ondas dos mares
Pois quando eu te vejo
Eu desejo o teu desejo...
É isso.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Motivo Fútil ou Torpe
II - ter o agente cometido o crime;
a) por motivo fútil ou torpe;
É uma circunstância em que o agente comete o ato criminoso por motivo fútil, repugnante, idiota, torpe, sem a verdadeira necessidade de ter cometido.